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Permanência do Reino Unido na UE ganhará referendo por 4%, segundo enquete

23/06/2016 20h10

(Atualiza com uma nova pesquisa).

Londres, 23 jun (EFE).- A opção de permanência do Reino Unido na União Europeia (UE) ganhará o referendo realizado nesta quinta-feira no país por quatro pontos percentuais - 52% contra 48% dos votos -, segundo a primeira enquete divulgada após o fechamento dos colégios eleitorais, elaborada pela empresa YouGov.

Participaram da enquete, pela internet, 5 mil pessoas durante a jornada de consulta popular, que não teve pesquisas de boca de urna, consideradas as mais confiáveis.

A apuração das cédulas começou nas 382 zonas eleitorais às 21h GMT (18h de Brasília), quando as urnas fecharam após 15 horas de votação. O processo deve avançar pela madrugada de sexta-feira pelo horário londrino, mas os primeiros resultados parciais começarão a ser divulgados a partir das 23h GMT (20h de Brasília).

Um porta-voz da YouGov afirmou em comunicado que "os resultados são muito apertados e é cedo demais para proclamar um resultado definitivo".

"Mas esta pesquisa, junto com as tendências mais recentes e os precedentes históricos, sugerem que a vitória da permanência é o resultado mais provável", disse.

A Ipsos Mori divulgou também depois do fechamento das urnas outra pesquisa, elaborada entre ontem e hoje, segundo a qual a permanência na UE venceria por uma vantagem ainda mais ampla, com 54% dos votos, contra 46% dos favoráveis ao "brexit", segundo informou o executivo-chefe da empresa, Ben Page.

Outra pesquisa divulgada hoje e elaborada durante os últimos dois dias pela organização Leave.EU, uma das que fizeram campanha a favor do "brexit" (acrônimo pelo qual é chamada a possível saída do país da União Europeia), também aponta uma vantagem de quatro pontos, mas para a vitória da saída da UE (52% contra 48%).

Cerca de 46,5 milhões de pessoas estavam convocadas a participar da consulta popular, o maior número de eleitores registrados para uma votação da história do Reino Unido.

A maioria das pesquisas divulgadas nos últimos dias indicava uma pequena vantagem a favor da opção da permanência do Reino Unido na UE, apesar de os dados terem variado bastante entre uma empresa e outra.