Portugal manterá sua relação histórica com Reino Unido apesar do "brexit"
Lisboa, 24 jun (EFE).- As autoridades de Portugal admitiram nesta sexta-feira sua tristeza pela decisão do povo britânico de deixar a União Europeia (UE), mas insistiram que a histórica relação entre os dois países "vai além" do "brexit" e se manterá no futuro.
"Temos uma relação com o Reino Unido que vem de muito antes que a que temos com a UE e que continuará à frente de sua saída do projeto europeu", garantiu hoje o primeiro-ministro português, o socialista António Costa.
Tanto o líder do Executivo como o chefe de Estado, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa, coincidiram na hora de destacar os fortes laços entre os dois países - que remontam a 1386, com a assinatura do Tratado de Windsor, ainda vigente - devido a sua vocação atlântica.
Em declarações aos jornalistas, Costa insistiu que seu governo trabalhará para defender os interesses da numerosa comunidade de emigrantes portugueses que vive em solo britânico - oficialmente são mais de 230 mil - e da importante colônia britânica em Portugal.
"É um dia triste para a UE, é óbvio que ver a saída de um dos principais países-membros não é uma boa notícia". "No entanto, é também uma oportunidade para os 27 países-membros de seguir juntos e refletir sobre as necessidades dos cidadãos europeus", defendeu o primeiro-ministro português.
Para Costa, "a questão não é ter mais ou menos Europa, mas uma Europa melhor", já que os cidadãos "não querem mais burocracia, mas mais segurança para combater o terrorismo".
O secretário-geral dos socialistas portugueses reconheceu que a vitória do "sim" no referendo gerará turbulências nos mercados nos próximos dias, mas se mostrou confiante de que a situação retornará à normalidade em breve.
Sobre o impacto em Portugal dessas turbulências, Costa frisou que o país já tem asseguradas suas necessidades de financiamento até meados de 2017, por isso pode enfrentar com garantias este período de instabilidade.
"É o momento de os 27 darem um sinal muito claro aos cidadãos de que o caminho não é a desintegração". "É preciso saber os motivos do descontentamento do cidadão e dar uma resposta", comentou o premiê.
O presidente português, por sua vez, considerou que o projeto europeu "continua válido na defesa dos valores que, há muitos séculos, marcam uma identidade comum" em todo o continente.
Rebelo de Sousa ressaltou que na base da construção europeia se encontram "os ideais de paz, liberdade, democracia, bem-estar e desenvolvimento comum", que necessitam "ser repensados e fortalecidos" agora.
"Temos uma relação com o Reino Unido que vem de muito antes que a que temos com a UE e que continuará à frente de sua saída do projeto europeu", garantiu hoje o primeiro-ministro português, o socialista António Costa.
Tanto o líder do Executivo como o chefe de Estado, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa, coincidiram na hora de destacar os fortes laços entre os dois países - que remontam a 1386, com a assinatura do Tratado de Windsor, ainda vigente - devido a sua vocação atlântica.
Em declarações aos jornalistas, Costa insistiu que seu governo trabalhará para defender os interesses da numerosa comunidade de emigrantes portugueses que vive em solo britânico - oficialmente são mais de 230 mil - e da importante colônia britânica em Portugal.
"É um dia triste para a UE, é óbvio que ver a saída de um dos principais países-membros não é uma boa notícia". "No entanto, é também uma oportunidade para os 27 países-membros de seguir juntos e refletir sobre as necessidades dos cidadãos europeus", defendeu o primeiro-ministro português.
Para Costa, "a questão não é ter mais ou menos Europa, mas uma Europa melhor", já que os cidadãos "não querem mais burocracia, mas mais segurança para combater o terrorismo".
O secretário-geral dos socialistas portugueses reconheceu que a vitória do "sim" no referendo gerará turbulências nos mercados nos próximos dias, mas se mostrou confiante de que a situação retornará à normalidade em breve.
Sobre o impacto em Portugal dessas turbulências, Costa frisou que o país já tem asseguradas suas necessidades de financiamento até meados de 2017, por isso pode enfrentar com garantias este período de instabilidade.
"É o momento de os 27 darem um sinal muito claro aos cidadãos de que o caminho não é a desintegração". "É preciso saber os motivos do descontentamento do cidadão e dar uma resposta", comentou o premiê.
O presidente português, por sua vez, considerou que o projeto europeu "continua válido na defesa dos valores que, há muitos séculos, marcam uma identidade comum" em todo o continente.
Rebelo de Sousa ressaltou que na base da construção europeia se encontram "os ideais de paz, liberdade, democracia, bem-estar e desenvolvimento comum", que necessitam "ser repensados e fortalecidos" agora.
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