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Rajoy iniciará diálogo para formar governo após cúpula europeia

27/06/2016 11h26

Madri, 27 jun (EFE).- O presidente do Partido Popular (centro-direita), Mariano Rajoy, afirmou nesta segunda-feira que iniciará uma rodada de contatos com outros partidos políticos espanhóis, assim que retornar da cúpula da UE, que começa amanhã em Bruxelas.

O chefe do Executivo espanhol, que falou com a imprensa hoje após presidir o comitê executivo de seu partido para analisar os resultados eleitorais de ontem, disse que conversará com os partidos "moderados" para tentar formar um governo "estável".

"Minha mão segue estendida para formar um governo que garanta a estabilidade que a Espanha precisa", disse Rajoy, cujo partido ganhou ontem as eleições com 137 cadeiras, embora longe da maioria absoluta, o que lhe obriga a fazer pactos com outros grupos para formar governo.

Rajoy reforçou que "anseia formar um governo" e disse que acredita que no final do mês ou no início de agosto será já possível. O líder do PP afirmou que espera que os demais partidos tenham "altivez" para evitar que os espanhóis precisem voltar a ter a experiência de viver seis meses de "teatralização" e repetir novamente pleito.

Rajoy alfinetou o líder socialista, Pedro Sánchez, e disse que um novo bloqueio de sua posse e a conseguinte convocação de uma terceira eleição geral representaria uma "irresponsabilidade antológica" por sua parte.

"Em uma democracia é importante respeitar o que o povo diz. Seria verdadeiramente inédito que não fosse possível formar governo agora e fôssemos parar em terceiras eleições", alertou.

Em sua opinião, os espanhóis "falaram" e reforçaram sua confiança no PP, que subiu com força, por isso seu partido vai cumprir com esse mandato e não vai renunciar. Rajoy se mostrou aberto "a todas as fórmulas" para a posse, incluindo um acordo com os nacionalistas moderados bascos e canários.

Os socialistas (segunda força com 85 cadeiras) anunciaram hoje que não facilitarão a posse de Rajoy, que eles relacionam a casos de corrupção; enquanto os liberais (32 cadeiras) também disseram que não o ajudarão a renovar seu mandato.