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Wikileaks divulga novos arquivos do Comitê Nacional Democrata dos EUA

27/07/2016 23h46

Washington, 27 jul (EFE).- O Wikileaks divulgou nesta quarta-feira, durante o terceiro dia da Convenção Nacional Democrata nos Estados Unidos, uma série de mensagens de voz obtidas nos e-mails vazados do partido da candidata presidencial Hillary Clinton.

Este vazamento, que consiste em 29 arquivos de cerca de 14 minutos de duração, acontece dias depois da publicação de 20.000 e-mails do Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) que constataram como a cúpula democrata tentou beneficiar Hillary frente ao senador Bernie Sanders durante o processo de primárias.

Um vazamento que sacudiu o DNC e forçou a renúncia de sua presidente, Debbie Wasserman Schultz.

As mensagens de voz divulgadas hoje pelo Wikileaks correspondem, aparentemente, a simpatizantes democratas anônimos, alguns com opiniões contrárias a Sanders.

"Estou furiosa pelo que estão fazendo (o DNC) por Bernie Sanders, ele está alcançando muita influência", diz uma mulher, acrescentando que o senador é "a pior pessoa do mundo".

Segundo a simpatizante democrata, que ameaça deixar o partido, o DNC "se desvela" por Sanders e pede à cúpula que "detenha" sua campanha.

O fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, advertiu nesta terça-feira que sua organização estava em posse de "muito mais material" relacionado com a campanha presidencial americana.

A cúpula democrata sustenta que a Rússia está por trás do vazamento que teria como objetivo prejudicar Hillary frente ao republicano Donald Trump, uma teoria insinuada pelo próprio presidente americano, Barack Obama.

De fato, Trump pediu hoje à Rússia que obtenha e divulgue os 30.000 e-mails oficiais que desapareceram do servidor privado de Hillay quando era secretária de Estado.

A Rússia, por sua parte, tachou de "absurdas" as acusações e advertiu que prejudicam as "relações bilaterais".

"Seguimos vendo tentativas de utilizar obsessivamente o tema russo durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.