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Exército turco diz que combate na Síria ameaça terrorista em sua fronteira

26/08/2016 08h32

Ancara, 26 ago (EFE).- O Estado-Maior do Exército turco afirmou nesta sexta-feira que a operação "Escudo do Eufrates", que desenvolve na Síria com a coalizão antijihadista e o Exército Livre Sírio, tem como objetivo acabar com as ameaças às fronteiras do país que representam distintas organizações terroristas.

Em comunicado, o Exército turco situa o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) como o principal alvo de sua ofensiva, que o levou a tomar a cidade de Jarabulus, assim como apoiar a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos em sua luta contra os jihadistas.

A operação que começou na quarta-feira passada é legal do ponto de vista de direito internacional, sustentam os militares turcos, já que se ampara no direito a defender suas fronteiras e a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para combater o EI onde estiver presente.

O ministro da Defesa turco, Fikri Isik, assegurou à imprensa que na ofensiva para acabar com os jihadistas da ribeira ocidental do Eufrates morreram dois membros do ELS, mas nenhum militar turco ficou ferido.

Entre 350 e 500 soldados e 30 carros de combate participam da operação em território sírio, que recebe também cobertura aérea e da artilharia turca, segundo os veículos de imprensa do país.

A Turquia pretende que as milícias curdo sírias, que recentemente arrebataram uma estratégica cidade do EI no lado leste do Eufrates, retornem do outro lado do rio.

O país considera as milícias curdas na Síria uma organização terrorista vinculada ao PKK, um grupo armado ativo em seu território, apesar dos curdo-sírios contarem com apoio aéreo dos EUA em sua luta contra o EI.

Ontem o Exército turco bombardeou pela primeira vez desde o início da operação posições da milícia curda no sul de Jarabulus.

Já o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas turcas, Hulusi Akar, se reunirá hoje em Ancara com seu colega russo, Valery Gerasimov, para informar sobre a ofensiva turca na Síria.

Este encontro entre os máximos responsáveis militares de ambos países se produz dentro de processo de normalização após a deterioração das relações bilaterais pela queda de um avião russo na fronteira síria por parte da Turquia.