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Uruguai e Argentina mostram interesse em construir ponte entre os dois países

29/09/2016 16h55

Montevidéu, 29 set (EFE).- Uruguai e Argentina avaliam concretizar a construção de uma ponte que una ambos os países e que possa contar com uma conexão ferroviária entre o porto uruguaio de Nueva Palmira e a cidade argentina de Zárate, na área metropolitana de Buenos Aires, anunciaram nesta quinta-feira em Montevidéu fontes oficiais.

Em uma conferência convocada por uma revista local, o ministro de Transporte uruguaio, Víctor Rossi, lembrou que o projeto de unir a área metropolitana de Buenos Aires ao sudoeste uruguaio não é novo, embora esta proposta muda o enfoque de uma possível obra pública de tal magnitude. O ministro lembrou que a ponte projetada há 15 anos tinha como proposta unir a cidade uruguaia de Colônia à capital argentina, o que resultava, a seu ver, um projeto "muito espetacular".

Rossi esclareceu que a ideia não está concretizada, e que para avançar no projeto faltam reuniões entre o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, e o presidente argentino, Mauricio Macri.

"Preferimos fazer isso com prudência porque ainda não saiu da troca de interesse, e como toda obra precisa de investimento, trabalho e tempo para poder se concretizar", afirmou em um café da manhã de trabalho da revista de negócios local "Somos Uruguay".

A ponte unirá a cidade de Punta Chaparro (leste), próxima ao porto de Nueva Palmira, com Zárate (centro-leste) na Argentina, através de Brazo Largo, um centro logístico que conecta às províncias de Buenos Aires e Entre Ríos mediante linhas de trem e estradas.

O porto de Nueva Palmira, por sua vez, é o ponto terminal da Hidrovia Paraguai-Paraná, a maior artéria de comunicação e de transporte fluvial para Uruguai, Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia, e proporciona a estas últimas duas nações uma via de saída ao mar para colocar seus produtos.

O governo uruguaio tem como prioridade aumentar as capacidades do país através da criação de infraestrutura para 2020, por anunciou no ano passado um ambicioso plano de investimentos no entorno dos US$ 12 bilhões, um número "recorde" para o país.

Os fundos provirão, segundo o plano de governo, de investimentos públicos, privados e mistos.