HRW pede pressão internacional contra profunda crise humanitária na Venezuela
Washington, 24 out (EFE).- A organização Human Rights Watch (HRW) pediu nesta segunda-feira uma forte pressão internacional, em particular da América Latina, para que o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tome medidas imediatas para lidar com a profunda crise humanitária vivida pelo país.
"O governo venezuelano mostra mais contundência em negar a existência de uma crise humanitária do que em trabalhar para resolvê-la", disse o diretor para as Américas da HRW, José Miguel Vivanco, em um extenso relatório divulgado hoje.
Para elaborar o documento, no qual se denuncia a "grave escassez" de remédios e alimentos no país, assim como a "resposta inadequada e repressiva" do governo, a HRW entrevistou em junho mais de cem pessoas em Caracas e outros seis estados do país, visitando também vários hospitais públicos.
Segundo Vivanco, sem uma "forte pressão internacional", as "dramáticas consequências da crise humanitária que a Venezuela está enfrentando só podem piorar".
Por isso, no relatório de 67 páginas, a HRW considera necessário que os países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) mantenha uma "supervisão estreita e continua" da situação até que o governo de Maduro "mostre resultados" ao lidar com a crise.
Além disso, a HRW sugeriu que as agências humanitárias da ONU "deveriam publicar uma avaliação independente da magnitude e o impacto da escassez", assim como do que é preciso ser feito para solucionar os problemas que assolam a vida dos venezuelanos.
"O governo deve tomar medidas imediatas e urgentes para articular e realizar políticas eficazes para abordar a crise, incluindo pedidos de ajuda humanitária internacional", acrescenta a HRW, que pede também que Maduro "deixe de intimidar e castigar os críticos".
No relatório, a HRW destaca, além disso, que nos casos em que Maduro reconheceu a escassez a atribuiu a uma "guerra econômica" orquestrada contra o governo pela "oposição política, o setor privado e as potências estrangeiras".
Em sua pesquisa, a HRW cita uma pesquisa de agosto realizada por uma rede de mais de 200 médicos, que revelou que 76% dos hospitais públicos onde trabalhavam "careciam de remédios básicos".
A taxa de mortalidade materna durante os cinco primeiros meses de 2016, segundo o Ministério da Saúde da Venezuela, foi 79% maior do que os últimos números oficiais disponíveis, datados de 2009.
Quanto à escassez de alimentos, os pesquisadores da HRW foram testemunha de "longas filas" nos supermercados, que, "com frequência", ficam sem estoques antes de as pessoas poderem adquirir algo.
"O governo venezuelano mostra mais contundência em negar a existência de uma crise humanitária do que em trabalhar para resolvê-la", disse o diretor para as Américas da HRW, José Miguel Vivanco, em um extenso relatório divulgado hoje.
Para elaborar o documento, no qual se denuncia a "grave escassez" de remédios e alimentos no país, assim como a "resposta inadequada e repressiva" do governo, a HRW entrevistou em junho mais de cem pessoas em Caracas e outros seis estados do país, visitando também vários hospitais públicos.
Segundo Vivanco, sem uma "forte pressão internacional", as "dramáticas consequências da crise humanitária que a Venezuela está enfrentando só podem piorar".
Por isso, no relatório de 67 páginas, a HRW considera necessário que os países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) mantenha uma "supervisão estreita e continua" da situação até que o governo de Maduro "mostre resultados" ao lidar com a crise.
Além disso, a HRW sugeriu que as agências humanitárias da ONU "deveriam publicar uma avaliação independente da magnitude e o impacto da escassez", assim como do que é preciso ser feito para solucionar os problemas que assolam a vida dos venezuelanos.
"O governo deve tomar medidas imediatas e urgentes para articular e realizar políticas eficazes para abordar a crise, incluindo pedidos de ajuda humanitária internacional", acrescenta a HRW, que pede também que Maduro "deixe de intimidar e castigar os críticos".
No relatório, a HRW destaca, além disso, que nos casos em que Maduro reconheceu a escassez a atribuiu a uma "guerra econômica" orquestrada contra o governo pela "oposição política, o setor privado e as potências estrangeiras".
Em sua pesquisa, a HRW cita uma pesquisa de agosto realizada por uma rede de mais de 200 médicos, que revelou que 76% dos hospitais públicos onde trabalhavam "careciam de remédios básicos".
A taxa de mortalidade materna durante os cinco primeiros meses de 2016, segundo o Ministério da Saúde da Venezuela, foi 79% maior do que os últimos números oficiais disponíveis, datados de 2009.
Quanto à escassez de alimentos, os pesquisadores da HRW foram testemunha de "longas filas" nos supermercados, que, "com frequência", ficam sem estoques antes de as pessoas poderem adquirir algo.
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