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OEA e Unasul pedem calma na espera por resultados das eleições no Equador

20/02/2017 20h23

Quito, 20 fev (EFE).- As missões eleitorais enviadas ao Equador pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) pediram calma nesta segunda-feira enquanto se espera a divulgação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dos resultados oficiais das eleições realizadas no domingo.

Com 89,5% das urnas apuradas, o candidato do movimento governista Aliança País (AP), Lenín Moreno, tem 39,11% dos votos, enquanto o centro-direitista Guillermo Lasso, do Movimento CREO, conta com 28,34%, dados que não permitem determinar se haverá segundo turno.

No Equador, para ser eleito presidente no primeiro turno é necessário ter pelo menos 40% dos votos e uma diferença de pelo menos 10 pontos percentuais em relação ao segundo candidato mais votado.

Com os resultados parciais, Moreno sustenta que certamente sua candidatura vencerá no primeiro turno, enquanto Lasso se mostra seguro de que haverá uma segunda rodada de votações e inclusive pediu às demais forças de oposição que se somem a ele em um pacto pela governabilidade do país.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) se comprometeu hoje a apresentar em três dias os resultados definitivos e destacou que "só com 100%" dos votos será possível determinar se será necessário um segundo turno.

O presidente do organismo, Juan Pablo Pozo, disse de manhã que existia 12,22% de atas que ainda precisam ser incluídas no cômputo de votos, entre elas as que apresentam "inconsistências".

A missão da OEA, liderada pelo ex-presidente dominicano Leonel Fernández, pediu que se espere os resultados finais e ressaltou que a lei equatoriana "contém procedimentos para ventilar as reivindicações pela via jurídica".

"É fundamental que se respeite a vontade dos eleitores e que se esgotem todas as instâncias estabelecidas pelas leis equatorianas, evitando qualquer ato de violência", destaca um comunicado, lido por Fernández, que também pede aos políticos que "atuem com prudência e responsabilidade" até que se conheçam os resultados.

Em entrevista coletiva, o ex-presidente indicou que a missão divulgará em 15 dias um relatório sobre seu trabalho de observação e indicou que, em seu desdobramento por 375 centros de votação de 17 províncias, os observadores receberam uma dezena de denúncias relacionadas com as votações.

Por sua parte, a missão da Unasul, liderada pelo ex-presidente do Uruguai José Mujica, convocou a população "a manter a calma" até que se conclua a apuração dos votos, "que definitivamente são a garantia para a decisão que adotará o povo equatoriano".

"Na democracia é fundamental reconhecer a institucionalidade da qual nos dotamos, é vital ser parte do projeto comum que permite projetar nossas nações como essencialmente tolerantes e respeitosas com o circunstancial adversário político", afirma um comunicado da missão.