Muçulmana deixa cargo na Casa Branca por decreto migratório de Trump
Washington, 23 fev (EFE).- Romena Ahmed, uma jovem muçulmana que trabalhava no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, decidiu deixar o emprego em protesto contra o decreto migratório do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em carta aberta divulgada nesta quinta-feira pela revista "The Atlantic", a própria Romena relatou a experiência, como mulher que usa o hiyab (véu islâmico), de ter trabalhado durante uma semana no governo do republicano, após ter passado seis anos na Casa Branca como assessora do ex-presidente Barack Obama.
O decreto que proibia a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana aos EUA, suspenso nos tribunais, a centralização da tomada de decisões do Conselho de Segurança Nacional precipitaram a saída de Romena do cargo.
Em 2011, ela foi estagiária na residência presidencial. Um ano depois, após se formar, começou a trabalhar com comunidades, entre elas a muçulmana, no Escritório de Participação Pública. Depois, em 2014, foi transferida para o Conselho de Segurança Nacional.
Romena refletiu sobre sua sequência no governo após os duros comentários de Trump contra os muçulmanos durante a campanha, o aumento dos ataques islamofóbicos e a posterior vitória eleitoral, mas teve a opção de ficar por não ocupar um cargo de indicação política.
"Alguns dos meus colegas e líderes da comunidade me apoiaram a ficar, enquanto outros expressaram preocupação com minha segurança. Otimista, mas com cautela, e sentindo a responsabilidade de tentar ajudar a continuar com nosso trabalho e sermos escutados, decidi que o Conselho de Segurança Nacional de Trump teria a ganhar com uma patriota muçulmana com hiyab", afirmou na carta.
No entanto, o veto de entrada ao país de cidadãos de sete países muçulmanos fez com que ela mudasse de ideia. "Não podia continuar trabalhando para um governo que me considerava uma ameaça", disse.
No último dia 27 de janeiro, Trump assinou um decreto que suspendia a entrada de refugiados nos EUA por 120 dias, assim como a concessão durante 90 dias a vistos de cidadãos da Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Iêmen e o Irã até que sistemas de fiscalização mais eficientes foram implantados.
A autora da carta, filha de pais que emigraram para os Estados Unidos de Bangladesh em 1978, afirmou que a medida causou "frustração" e "desconfiança" entre os funcionários da Casa Branca que não eram indicações políticas do presidente.
"Toda a estrutura de apoio presidencial não partidária e dos especialistas legais da Casa Branca e nas agências federais estava sendo solapada. A tomada de decisões estava agora centralizada em poucas pessoas na ala oeste", explicou Romena.
A muçulmana disse que os oito dias que passou na Casa Branca de Trump foram "estranhos, espantosos e perturbadores".
Em carta aberta divulgada nesta quinta-feira pela revista "The Atlantic", a própria Romena relatou a experiência, como mulher que usa o hiyab (véu islâmico), de ter trabalhado durante uma semana no governo do republicano, após ter passado seis anos na Casa Branca como assessora do ex-presidente Barack Obama.
O decreto que proibia a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana aos EUA, suspenso nos tribunais, a centralização da tomada de decisões do Conselho de Segurança Nacional precipitaram a saída de Romena do cargo.
Em 2011, ela foi estagiária na residência presidencial. Um ano depois, após se formar, começou a trabalhar com comunidades, entre elas a muçulmana, no Escritório de Participação Pública. Depois, em 2014, foi transferida para o Conselho de Segurança Nacional.
Romena refletiu sobre sua sequência no governo após os duros comentários de Trump contra os muçulmanos durante a campanha, o aumento dos ataques islamofóbicos e a posterior vitória eleitoral, mas teve a opção de ficar por não ocupar um cargo de indicação política.
"Alguns dos meus colegas e líderes da comunidade me apoiaram a ficar, enquanto outros expressaram preocupação com minha segurança. Otimista, mas com cautela, e sentindo a responsabilidade de tentar ajudar a continuar com nosso trabalho e sermos escutados, decidi que o Conselho de Segurança Nacional de Trump teria a ganhar com uma patriota muçulmana com hiyab", afirmou na carta.
No entanto, o veto de entrada ao país de cidadãos de sete países muçulmanos fez com que ela mudasse de ideia. "Não podia continuar trabalhando para um governo que me considerava uma ameaça", disse.
No último dia 27 de janeiro, Trump assinou um decreto que suspendia a entrada de refugiados nos EUA por 120 dias, assim como a concessão durante 90 dias a vistos de cidadãos da Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Iêmen e o Irã até que sistemas de fiscalização mais eficientes foram implantados.
A autora da carta, filha de pais que emigraram para os Estados Unidos de Bangladesh em 1978, afirmou que a medida causou "frustração" e "desconfiança" entre os funcionários da Casa Branca que não eram indicações políticas do presidente.
"Toda a estrutura de apoio presidencial não partidária e dos especialistas legais da Casa Branca e nas agências federais estava sendo solapada. A tomada de decisões estava agora centralizada em poucas pessoas na ala oeste", explicou Romena.
A muçulmana disse que os oito dias que passou na Casa Branca de Trump foram "estranhos, espantosos e perturbadores".
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