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EUA pedem a empresas que entreguem em março planos para muro com o México

24/02/2017 22h00

Washington, 24 fev (EFE).- O governo dos Estados Unidos pediu nesta sexta-feira às empresas interessadas que entreguem seus projetos para o projeto e a construção do muro fronteiriço com o México em março para que, em abril, comece a licitação de contratos.

O Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça (CBP, na siglas em inglês), encarregado da segurança fronteiriça, informou hoje dos prazos em um portal dirigido às empresas que querem fazer negócios com o governo.

Em seu breve aviso, a CBP anunciou que publicará em 6 de março na internet um formulário para que as empresas possam enviar suas propostas para o projeto e a construção de "diferentes protótipos da estrutura do muro" nas "proximidades" da fronteira entre EUA e México.

O processo se desenvolverá em duas fases e, na primeira, se exigirá aos provedores que apresentem um documento com os conceitos de seus protótipos antes de 10 de março.

Na segunda fase, as autoridades avaliarão e selecionarão os melhores projetos, de modo que em 24 de março os finalistas deverão renovar suas ofertas com um preço adjunto.

O Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça exige a todas as empresas que incluam em seus projetos "uma opção para acrescentar milhas adicionais" ao muro entre os dois países.

Nesta semana, o governo dos EUA também anunciou que quer começar a construção do muro nos enclaves fronteiriços estratégicos de El Paso (Texas), Tucson (Arizona) e El Centro (Califórnia).

Estes enclaves fazem fronteira com as cidades mexicanas de Ciudad Juárez (Chihuahua), Nogales (Sonora) e Mexicali (Baja California), respectivamente.

O muro na fronteira foi uma das promessas com as quais Donald Trump chegou à Casa Branca, que assegurou que o custo da obra será assumido pelo México, mesmo que o Congresso adiante o dinheiro.

O custo estimado do muro fronteiriço foi crescendo progressivamente desde os cerca de US$ 8 bilhões calculados inicialmente por Trump, até US$ 21,6 bilhões, segundo os últimos cálculos do Departamento de Segurança Nacional.