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Venezuela enfrentará com firmeza consenso de direita na A.Latina, diz Maduro

23/03/2017 18h33

Caracas, 23 mar (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu nesta quinta-feira que enfrentará "com firmeza" e "verdade" os governos de direita que concretizem um "consenso" contra seu país, após assegurar que "um grupinho" de países está promovendo um comunicado para afetar a nação sul-americana.

"Se chegarem a concretizar o comunicado que estão promovendo, este grupinho de países de direita, governados pela direita lá em Washington, o consenso da direita latino-americana contra a Venezuela, vamos enfrentá-los com firmeza, com clareza e com a verdade", disse Maduro ao canal "Telesur" durante a "Expo Venezuela Potencia 2017".

Nesse sentido, o presidente venezuelano indicou que rejeita "absolutamente o consenso de Washington e a agressão" e "o intervencionismo" destes países contra a Venezuela, pois argumentou que sua nação "não se mete com ninguém".

O chefe de Estado pediu aos países da região que não se queixem do que a Venezuela poderá dizer se este "consenso" acontecer.

"Depois não se queixem do que vamos dizer destes governos de direita que abandonam seu povo, que acabam com sua educação, sua saúde", afirmou Maduro, após assinalar que esses governos não são capazes de entender quais são os principais problemas da América.

A "Venezuela não monitora nenhuma direita, nenhum governo estrangeiro", disse o presidente venezuelano.

O governo de Nicolás Maduro insistiu continuamente que a direita está promovendo uma intervenção na Venezuela, depois que o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, apresentou uma atualização de seu relatório sobre a situação do país.

Nesta quinta-feira, fontes diplomáticas de quatro missões na Organização dos Estados Americanos (OEA) confirmaram à Agência Efe que um grupo de 14 países da organização prepara nestes dias uma declaração para aumentar a pressão sobre a Venezuela.

O grupo se viu na obrigação de agir depois que o secretário-geral, Luis Almagro, pediu em um relatório no dia 14 de março a suspensão da Venezuela da organização se o país não convocar eleições gerais em 30 dias.