Peru retira seu embaixador na Venezuela de maneira definitiva
Lima, 30 mar (EFE).- O governo do Peru anunciou nesta quinta-feira a retirada definitiva de seu embaixador na Venezuela, após a decisão do Supremo Tribunal venezuelano de assumir as competências do Legislativo desse país.
"Frente à gravidade destes fatos, o governo do Peru decidiu retirar de maneira definitiva seu embaixador na República Bolivariana da Venezuela", informou o Ministério das Relações Exteriores peruano em comunicado.
Consultada pela Agência Efe, uma fonte do Ministério das Relações Exteriores evitou detalhar se a retirada do embaixador implica na ruptura total de relações diplomáticas bilaterais.
A nota oficial destacou, por sua parte, que a decisão do Tribunal Supremo venezuelano é uma "arbitrária medida que violenta o Estado de Direito e constitui uma ruptura da ordem constitucional e democrática na República Bolivariana da Venezuela".
"A separação, independência e respeito recíproco dos poderes públicos é um elemento essencial da democracia representativa, que todos os membros da Organização dos Estados Americanos estão obrigados a respeitar", acrescentou.
O Ministério das Relações Exteriores ressaltou que "iniciou consultas com países-membros da Organização dos Estados Americanos para que, no marco da Carta Democrática Interamericana, sejam adotadas com a maior urgência as medidas que correspondam perante a evidente ruptura da ordem constitucional e democrática na Venezuela".
"Dita ruptura é incompatível com as normas do sistema interamericano", concluiu.
Pouco antes, o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, tinha considerado "inaceitável" a decisão do Supremo da Venezuela.
"A América Latina é democrática. É inaceitável o que ocorre na Venezuela", afirmou Kuczynski em mensagem publicada em sua conta no Twitter.
O Supremo da Venezuela decidiu ontem que assumirá as competências do parlamento devido à persistência do "desacato", um status que o Poder Judiciário impôs à câmara pelo descumprimento de várias sentenças.
Perante isto, a Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição, acusou hoje o presidente Nicolás Maduro de ter dado um "golpe de Estado".
Peru e Venezuela mantinham uma relação tensa depois que a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, qualificou Kuczynski como "covarde" e "cachorrinho simpático do império", o que levou o governo de Lima a chamar para consultas seu embaixador em Caracas, Mario López Chávarry.
As afirmações de Rodríguez foram realizadas depois que o governante peruano disse em uma conferência nos Estados Unidos que a América Latina é como "um cachorro adormecido no tapete" para Washington, porque não causa problemas, com exceção da Venezuela.
Por outro lado, Maduro ordenou nesta segunda-feira o envio ao Peru de 100.000 caixas com alimentos como ajuda humanitária para as áreas que foram duramente golpeadas por chuvas e inundações que deixaram 97 mortos e mais de 200.000 afetados, em uma decisão que foi elogiada por Kuczynski.
"Frente à gravidade destes fatos, o governo do Peru decidiu retirar de maneira definitiva seu embaixador na República Bolivariana da Venezuela", informou o Ministério das Relações Exteriores peruano em comunicado.
Consultada pela Agência Efe, uma fonte do Ministério das Relações Exteriores evitou detalhar se a retirada do embaixador implica na ruptura total de relações diplomáticas bilaterais.
A nota oficial destacou, por sua parte, que a decisão do Tribunal Supremo venezuelano é uma "arbitrária medida que violenta o Estado de Direito e constitui uma ruptura da ordem constitucional e democrática na República Bolivariana da Venezuela".
"A separação, independência e respeito recíproco dos poderes públicos é um elemento essencial da democracia representativa, que todos os membros da Organização dos Estados Americanos estão obrigados a respeitar", acrescentou.
O Ministério das Relações Exteriores ressaltou que "iniciou consultas com países-membros da Organização dos Estados Americanos para que, no marco da Carta Democrática Interamericana, sejam adotadas com a maior urgência as medidas que correspondam perante a evidente ruptura da ordem constitucional e democrática na Venezuela".
"Dita ruptura é incompatível com as normas do sistema interamericano", concluiu.
Pouco antes, o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, tinha considerado "inaceitável" a decisão do Supremo da Venezuela.
"A América Latina é democrática. É inaceitável o que ocorre na Venezuela", afirmou Kuczynski em mensagem publicada em sua conta no Twitter.
O Supremo da Venezuela decidiu ontem que assumirá as competências do parlamento devido à persistência do "desacato", um status que o Poder Judiciário impôs à câmara pelo descumprimento de várias sentenças.
Perante isto, a Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição, acusou hoje o presidente Nicolás Maduro de ter dado um "golpe de Estado".
Peru e Venezuela mantinham uma relação tensa depois que a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, qualificou Kuczynski como "covarde" e "cachorrinho simpático do império", o que levou o governo de Lima a chamar para consultas seu embaixador em Caracas, Mario López Chávarry.
As afirmações de Rodríguez foram realizadas depois que o governante peruano disse em uma conferência nos Estados Unidos que a América Latina é como "um cachorro adormecido no tapete" para Washington, porque não causa problemas, com exceção da Venezuela.
Por outro lado, Maduro ordenou nesta segunda-feira o envio ao Peru de 100.000 caixas com alimentos como ajuda humanitária para as áreas que foram duramente golpeadas por chuvas e inundações que deixaram 97 mortos e mais de 200.000 afetados, em uma decisão que foi elogiada por Kuczynski.
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