Bolívia suspende reunião da OEA sobre Venezuela alegando "falta de coordenação"
O governo da Bolívia justificou a suspensão da sessão prevista para esta segunda-feira (3) na Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a Venezuela pelo fato de esta convocação ter sido realizada sem consulta e garantiu que marcará uma nova reunião após coordenação prévia com os países-membros do organismo.
A Chancelaria boliviana afirmou em comunicado que a convocação da sessão prevista para hoje "foi inconsulta e sem entregar informação alguma a Bolívia, que teria a responsabilidade de presidir a mesma".
"Portanto, a Bolívia suspendeu a sessão, a mesma que será convocada uma vez realizadas as coordenações necessárias, no marco da Carta da OEA e das normas da Organização", acrescentou o comunicado do Ministério das Relações Exteriores boliviano.
No sábado, reunião dos países do Mercosul decidiu acionar a cláusula democrática contra a Venezuela, exigindo respeito à divisão entre os poderes e ao calendário eleitoral. Na véspera, o Supremo venezuelano havia assumido a função da Assembleia Nacional, o que foi qualificado pelo bloco como uma "ruptura democrática".
A expectativa era a de que a OEA também acionasse a cláusula democrática na reunião de hoje.
O governo de Evo Morales rejeitou, além disso, "qualquer tentativa de romper-se a dignidade" de seu país e seus representantes.
"Jamais aceitaremos imposições nem pressões contra nossa soberania como país", salientou a chancelaria boliviana, que também expressou aos países sua "predisposição" para trabalhar "sobre a base do respeito e da colaboração mútua".
A sessão tinha o objetivo de "considerar os recentes eventos" na Venezuela e tinha sido solicitada por 20 países: Brasil, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Santa Lúcia, Jamaica, Barbados, Bahamas, Guiana, Uruguai e Belize.
O embaixador da Bolívia na OEA, Diego Pary, confirmou aos veículos de comunicação em Washington que "a reunião está suspensa" após tomar posse como presidente do Conselho, um cargo protocolar que dura três meses e no qual substitui Belize.
O Executivo boliviano é aliado do governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
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