Tribunal dos EUA absolve policial que matou negro desarmado
Um tribunal de Minnesota, nos Estados Unidos, absolveu de todas as acusações, na sexta-feira (16), um policial que assassinou um negro desarmado, e cuja morte foi retransmitida pelo Facebook pela namorada da vítima.
O policial Jeronimo Yanez foi absolvido por um júri das acusações de homicídio em segundo grau e por disparar voluntariamente a arma sem motivos razoáveis.
No início de julho do ano passado, Yanez disparou contra Philando Castile, 32, durante uma blitz em St. Paul (Minnesota).
Yanez considerou que o homem se encaixava na descrição do suspeito de um roubo e em um dos seus movimentos do veículo parecia tentar pegar uma arma.
Sua namorada, Diamond Reynolds, gravou a cena após o disparo do agente e a retransmitiu no Facebook, fazendo com que a morte do homem, desarmado, se transformasse em um fenômeno viral.
O assassinato elevou novamente o debate sobre o uso excedido da força por parte da polícia americana com as pessoas da raça negra.
"O sistema segue falhando com as pessoas negras e seguirá assim", disse Valerie Castile, mãe da vítima, após o veredicto.
A decisão de júri levantou protestos de centenas de pessoas na cidade de St. Paul, que consideraram mais um exemplo de que as reformas da polícia não acabaram com a violência contra os negros.
Yanez poderá sair em liberdade, mas perderá seu emprego como policial no departamento de St. Anthony após um acordo mútuo para que abandone a carreira, já que, segundo afirmou o departamento de polícia, "a comunidade está melhor sem ele".
Segundo um banco de dados compilado pelo jornal "The Washington Post", Castile foi uma das 963 pessoas mortas em todo o país por disparos feitos pela polícia no ano passado.
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