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"A Ibero-América deve ser fruto do esforço de todos", diz Rebeca Grynspan

04/07/2017 15h48

Madri, 4 jul (EFE).- A secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, manifestou nesta terça-feira seu desejo de que a Ibero-América não seja fruto de um só líder ou organização, mas do esforço "coletivo de todos os cidadãos" da região em um mundo mais multilateral e solidário, inclinado à cooperação e em paz.

Rebeca discursou hoje na apresentação do livro "Somos Ibero-América. 25 anos de Cúpulas Ibero-americanas", junto ao presidente da Agência Efe, José Antonio Vera, que destacou a vocação ibero-americana desta agência de notícias internacional.

A responsável pela Secretaria-Geral Ibero-americana (Segib) avaliou a "equipe" formada pelo órgão e uma das "maiores e mais emblemáticas" agências de notícias do mundo neste projeto para comemorar os 25 anos de cúpulas.

Destacou que no livro foram entrevistadas tantas personalidades dos mais variados ramos, sempre com um enfoque na cultura como pilar que sustenta e dá sentido ao ibero-americano.

O livro não só tem um enfoque oficial, mas também se baseia em vivências pessoais porque a construção ibero-americana é vivida nos concertos, nos estádios, nas famílias, na sociedade, nasce dos afetos, das migrações, dos intercâmbios entre pessoas, "de cima a baixo", explicou.

"O senso de comunidade não pode ser criado por decreto, as comunidades são criadas pelas pessoas", acrescentou Rebeca ao explicar que as cúpulas não teriam se mantido ao longo de um quarto de século se não fossem reflexo da realidade.

"A Efe é Ibero-América, somos Ibero-América", sintetizou, por sua vez, Vera, que elogiou a importância da colaboração com a Segib nesta iniciativa conjunta e repassou os 78 anos da Efe e como seus fundadores tiveram o sonho de criar uma agência internacional que desse as informações com "estilo próprio".

"Contribuímos bastante para que a comunidade ibero-americana tenha uma maior incidência do ponto de vista informativo (...) de um planejamento puramente da língua espanhola e portuguesa", faladas por 800 milhões de pessoas, disse o presidente da Efe, que abriu seu primeiro escritório em Buenos Aires há 50 anos.