Relator pede que Câmara aceite denúncia por corrupção contra Temer
Brasília, 10 jul (EFE).- O deputado Sergio Zveiter, relator da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, afirmou nesta segunda-feira que há "sérios indícios" para dar sequência ao caso.
Essa conclusão foi anunciada em um relatório apresentado por Zveiter à CCJ, que debaterá nos próximos dias as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) que podem levar Temer a ser afastado do cargo por até seis meses.
Após o debate na comissão, que pode levar durar cinco dias, o relatório de Zveiter será votado no plenário da Câmara dos Deputados. Se for apoiado por 342 deputados, dois terços do total, o Supremo Tribunal Federal (STF) será autorizado a abrir investigação contra Temer, suspendendo-o por até 180 dias.
Zveiter deixou de lado sua filiação ao PMDB, partido de Temer, ao elaborar o relatório, estritamente baseado, segundo ele, os documentos usados pela PGR para formular a denúncia.
O relator esclareceu que a admissão da denúncia não significa a "culpabilidade" de Temer, mas sim o início de um processo penal que esclarecerá a verdadeira responsabilidade do presidente.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janto, fundamentou a acusação em depoimentos dados por executivos do grupo JBS, que, dentro de um acordo de delação premiada, afirmaram ter pagado propina a Temer desde 2010 em troca de favores políticos.
Além disso, um dos donos do grupo JBS, Joesley Batista, entregou um áudio gravado em uma reunião com Temer na residência oficial da presidência. No encontro, Batista relata, frente ao silêncio de Temer, diversas manobras ilegais que fazia em benefício da empresa nos ministérios, citando inclusive a compra de juízes.
A acusação também sustenta que Temer seria o destinatário de R$ 500 mil que seu antigo assessor Rodrigo Rocha Loures recebeu do grupo JBS. O dinheiro estava mala que foi entregue a Rocha Loures em uma pizzaria de São Paulo, uma ação que foi gravada pela Polícia Federal, que já o vigiava.
Rocha Loures, acusado no mesmo processo que envolve Temer, está em prisão domiciliar e admitiu ter recebido o dinheiro, mas não esclareceu se os R$ 500 mil eram para Temer, como diz Batista.
A defesa de Temer nega todas as acusações, classificou a denúncia de Janot como uma "peça de ficção" e afirma que não há "uma única prova" que sustente as afirmações da PGR.
Além disso, os advogados de Temer desqualificaram os áudios entregues por Batista, alegando que eles são editados e não foram submetidos a uma análise técnica independente. Além disso, as gravações, segundo a defesa, carecem de valor probatório por terem sido obtidas de forma clandestina.
Essa conclusão foi anunciada em um relatório apresentado por Zveiter à CCJ, que debaterá nos próximos dias as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) que podem levar Temer a ser afastado do cargo por até seis meses.
Após o debate na comissão, que pode levar durar cinco dias, o relatório de Zveiter será votado no plenário da Câmara dos Deputados. Se for apoiado por 342 deputados, dois terços do total, o Supremo Tribunal Federal (STF) será autorizado a abrir investigação contra Temer, suspendendo-o por até 180 dias.
Zveiter deixou de lado sua filiação ao PMDB, partido de Temer, ao elaborar o relatório, estritamente baseado, segundo ele, os documentos usados pela PGR para formular a denúncia.
O relator esclareceu que a admissão da denúncia não significa a "culpabilidade" de Temer, mas sim o início de um processo penal que esclarecerá a verdadeira responsabilidade do presidente.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janto, fundamentou a acusação em depoimentos dados por executivos do grupo JBS, que, dentro de um acordo de delação premiada, afirmaram ter pagado propina a Temer desde 2010 em troca de favores políticos.
Além disso, um dos donos do grupo JBS, Joesley Batista, entregou um áudio gravado em uma reunião com Temer na residência oficial da presidência. No encontro, Batista relata, frente ao silêncio de Temer, diversas manobras ilegais que fazia em benefício da empresa nos ministérios, citando inclusive a compra de juízes.
A acusação também sustenta que Temer seria o destinatário de R$ 500 mil que seu antigo assessor Rodrigo Rocha Loures recebeu do grupo JBS. O dinheiro estava mala que foi entregue a Rocha Loures em uma pizzaria de São Paulo, uma ação que foi gravada pela Polícia Federal, que já o vigiava.
Rocha Loures, acusado no mesmo processo que envolve Temer, está em prisão domiciliar e admitiu ter recebido o dinheiro, mas não esclareceu se os R$ 500 mil eram para Temer, como diz Batista.
A defesa de Temer nega todas as acusações, classificou a denúncia de Janot como uma "peça de ficção" e afirma que não há "uma única prova" que sustente as afirmações da PGR.
Além disso, os advogados de Temer desqualificaram os áudios entregues por Batista, alegando que eles são editados e não foram submetidos a uma análise técnica independente. Além disso, as gravações, segundo a defesa, carecem de valor probatório por terem sido obtidas de forma clandestina.
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