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Kremlin lamenta novas sanções impostas pelos EUA

26/07/2017 10h22

Moscou, 26 jul (EFE).- O Kremlin lamentou nesta quarta-feira a aprovação pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de um projeto de lei que inclui novas sanções contra a Rússia, e advertiu que é "uma notícia muito triste" para o futuro das relações bilaterais.

"Pode-se dizer que são notícias muito tristes do ponto de vista das relações russo-americanas e das perspectivas do seu desenvolvimento, e não menos lamentável do ponto de vista do direito internacional e das relações comerciais internacionais", disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Além disso, Peskov salientou que, por enquanto, Moscou não fará uma avaliação da medida, "enquanto seja um projeto de lei".

"Em qualquer caso, a postura (da Rússia) será formulada após uma análise cansativa e a decisão, sem dúvida, será adotada pelo chefe de Estado, o presidente (Vladimir) Putin", acrescentou.

Pouco antes, o vice-ministro de Assuntos Exteriores russo, Serguei Riabkov, afirmou que as novas sanções americanas são um passo que tenta impedir a normalização das relações bilaterais.

"Os autores e patrocinadores deste projeto de lei dão um passo muito sério para a destruição das possibilidades de normalizar as relações com a Rússia", disse o número dois da chancelaria russa, citado pela agência oficial "TASS".

Riabkov acrescentou que a situação "excede todos os marcos do senso comum", e que a aprovação desta iniciativa legislativa é uma opção consciente dos inimigos dos Estados Unidos e da Rússia.

"Portanto vamos ver Washington como uma fonte de perigo. Isto precisa ser entendido e é preciso agir em consequência; de maneira pensada, racional e tranquila", disse o vice-ministro russo.

Riabkov lembrou ainda que a Rússia advertiu em dezenas de oportunidades que "estes tipos de ações não ficarão sem resposta".

Nesse sentido, garantiu que Moscou não se deixará levar pelas emoções.

"Trabalharemos na busca de vias para avançar, buscaremos com afinco e de maneira consequente formas de compromisso em assuntos que são importantes para a Rússia e, acredito, também para os EUA, como a luta contra o terrorismo e a proliferação de armas de extermínio em massa", ressaltou Riabkov.

Aprovada de maneira expressa pela Câmara americana, a iniciativa legislativa, além de aumentar as sanções contra a Rússia, e também contra o Irã e a Coreia do Norte, limita a capacidade do presidente dos EUA, Donald Trump, de suspender estas medidas restritivas.