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Chavismo governante se parabeniza por "participação recorde" em votação

30/07/2017 22h21

Caracas, 30 jul (EFE).- O chavismo governante se parabenizou neste domingo pela "participação recorde" que, na sua visão, foi registrada nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro, ao final de um dia de votação marcado por protestos e a morte de pelo menos oito pessoas.

"A respeito da participação, (ela foi) recorde", afirmou o vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, que qualificou a eleição de "vitória exemplar" para o seu projeto político.

O influente político chavista falou com a imprensa rodeado de outros pesos pesados do seu movimento, e comemorou que "apesar de todas as tentativas de violência que não foram nem sequer escondidas pelos dirigentes da oposição, a Venezuela deu um exemplo para todo o mundo de empoderamento do povo".

"A semente que o comandante Hugo Chávez plantou em terra fértil hoje está dando os seus frutos", acrescentou Cabello, lembrando que esta assembleia será instalada nos próximos dias e as suas decisões deverão ser acatadas por todos os poderes, incluindo o Parlamento, de maioria opositora.

Cabello afirmou que a assembleia começará a legislar leis constitucionais e outro tipo de resoluções, e que será instalada no Palácio Federal, que até agora era ocupado pelo Parlamento, de maioria opositora, sem descartar que ambas as assembleias convivam no recinto como já aconteceu no processo constitucional de 1999.

O dirigente governista ridicularizou a estimativa do voto oferecido pela oposição - que assegura ter informadores em todos os colégios eleitorais -, segundo a qual apenas 12% do eleitorado teria ido às urnas, e encorajou seus seguidores a comemorar os resultados no centro de Caracas.

As eleições deste domingo servirão para escolher, entre uma lista de candidatos somente com chavistas, os mais de 500 integrantes da Assembleia Nacional Constituinte, que terão autoridade para reordenar o Estado sem que nenhum outro poder possa se opor.