Putin visita Hungria e confirma boa relação com seu único aliado na UE
Budapeste, 28 ago (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu nesta segunda-feira em Budapeste com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, o único chefe de governo da União Europeia (UE) que lhe considera seu aliado, durante uma rápida visita na qual destacou as boas relações econômicas entre os dois países.
A visita, de apenas um dia, tinha como motivo a realização em Budapeste do Mundial de Judô, já que o governante russo é presidente honorário da Federação Internacional do esporte.
Putin aproveitou também sua breve estadia na capital húngara para falar das relações bilaterais, especialmente econômicas, entre as quais destacou o projeto de ampliação da central atômica de Paks, a única da Hungria.
"Fico feliz pela possibilidade de falar das relações bilaterais no marco de eventos esportivos. Quero destacar que, apesar de todas as dificuldades, a tendência econômica (nas relações) está sendo corrigida", declarou Putin, segundo a agência russa "Interfax".
Sobre Paks, o presidente russo assegurou que já estão disponíveis os US$ 12 bilhões que o projeto demandará e anunciou que os trabalhos poderiam começar no início do ano que vem.
A ampliação de Paks é justamente o argumento esgrimido pela Universidade de Debrecen, no leste da Hungria, para conceder a Putin o título de cidadão honorário, já que esta instituição participará do projeto formando especialistas.
Esta homenagem a Putin foi criticada por alguns usuários da página da universidade no Facebook, que tem se enchido de comentários como "Não deveriam conceder estes títulos a ditadores. Quem será o próximo, Erdogan ou Kim Jong-un?".
Por sua vez, o partido opositor de esquerda Együtt denunciou que esta visita, a segunda de Putin desde fevereiro, confirma a orientação de Orbán rumo a Moscou e isola a Hungria dos seus sócios na UE.
"Por isso é também incompreensível que a Universidade de Debrecen, que deveria levantar a bandeira da liberdade, conceda o título de cidadão de honra a Vladimir Putin, que faz uma política autoritária", lamentou essa legenda em um comunicado.
Orbán criticou abertamente as sanções da UE à Rússia pela anexação da península ucraniana da Crimeia.
A visita de Putin teve pouca oposição nas ruas. Cerca de 20 simpatizantes do Együtt protestaram com cartazes e máscaras do político dentro do pavilhão onde acontece o campeonato de judô, mas os agentes de segurança os tiraram à força do edifício.
Outro protesto, convocado pelo partido centrista Momentum, reuniu apenas mil pessoas.
A visita, de apenas um dia, tinha como motivo a realização em Budapeste do Mundial de Judô, já que o governante russo é presidente honorário da Federação Internacional do esporte.
Putin aproveitou também sua breve estadia na capital húngara para falar das relações bilaterais, especialmente econômicas, entre as quais destacou o projeto de ampliação da central atômica de Paks, a única da Hungria.
"Fico feliz pela possibilidade de falar das relações bilaterais no marco de eventos esportivos. Quero destacar que, apesar de todas as dificuldades, a tendência econômica (nas relações) está sendo corrigida", declarou Putin, segundo a agência russa "Interfax".
Sobre Paks, o presidente russo assegurou que já estão disponíveis os US$ 12 bilhões que o projeto demandará e anunciou que os trabalhos poderiam começar no início do ano que vem.
A ampliação de Paks é justamente o argumento esgrimido pela Universidade de Debrecen, no leste da Hungria, para conceder a Putin o título de cidadão honorário, já que esta instituição participará do projeto formando especialistas.
Esta homenagem a Putin foi criticada por alguns usuários da página da universidade no Facebook, que tem se enchido de comentários como "Não deveriam conceder estes títulos a ditadores. Quem será o próximo, Erdogan ou Kim Jong-un?".
Por sua vez, o partido opositor de esquerda Együtt denunciou que esta visita, a segunda de Putin desde fevereiro, confirma a orientação de Orbán rumo a Moscou e isola a Hungria dos seus sócios na UE.
"Por isso é também incompreensível que a Universidade de Debrecen, que deveria levantar a bandeira da liberdade, conceda o título de cidadão de honra a Vladimir Putin, que faz uma política autoritária", lamentou essa legenda em um comunicado.
Orbán criticou abertamente as sanções da UE à Rússia pela anexação da península ucraniana da Crimeia.
A visita de Putin teve pouca oposição nas ruas. Cerca de 20 simpatizantes do Együtt protestaram com cartazes e máscaras do político dentro do pavilhão onde acontece o campeonato de judô, mas os agentes de segurança os tiraram à força do edifício.
Outro protesto, convocado pelo partido centrista Momentum, reuniu apenas mil pessoas.
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