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Vice-presidente da Venezuela diz que novas sanções dos EUA são uma "honra"

25/09/2017 19h40

Caracas, 25 set (EFE).- O vice-presidente da Venezuela, Tareck el Aissami, disse nesta segunda-feira que as novas sanções anunciadas pelo governo dos Estados Unidos contra funcionários do governo de Nicolás Maduro são uma "honra" e um "troféu", ainda que também as tenha classificado como uma "agressão".

"Que nos sancione o império yankee, somos revolucionários e encaramos como (...) o máximo reconhecimento das nossas lutas históricas. Que nos sancione o império, para nós é uma honra", disse Aissami, que também chamou o presidente dos EUA, Donald Trump, de "soberbo" e "arrogante".

Em entrevista coletiva após a inauguração de um hotel em Caracas, o vice-presidente venezuelano afirmou também que as medidas representam uma nova "agressão".

Ontem, Trump substituiu seu polêmico veto migratório a seis países de maioria muçulmana por um decreto que impõe restrições a oito nações, entre elas a Venezuela.

Segundo a ordem de Trump, a Venezuela está incluída porque "seu governo não coopera em verificar se seus cidadãos representam ameaças para a segurança nacional ou a segurança pública" e, além disso, tampouco coopera com a recepção de "seus cidadãos sujeitos a ordens finais de expulsão dos Estados Unidos".

As restrições têm como foco "funcionários do governo da Venezuela que são responsáveis pelas deficiências identificadas".

Aissami, que em fevereiro foi apontado pelas autoridades americanas como tendo "um papel significativo no tráfico internacional de narcóticos", reiterou hoje que "jamais" pensou em ir aos Estados Unidos. Segundo ele, os funcionários do governo Maduro não têm contas bancárias no país.

"Aqueles que, pela corrupção, o narcotráfico, as máfias, terminaram sendo protegidos pelo governo americano também devem se preocupar, porque essas medidas também os afeta, a nós não", acrescentou.