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Alemanha pede fim de ações militares no Curdistão iraquiano

17/10/2017 12h38

Berlim, 17 out (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, pediu nesta terça-feira o fim das ações militares no Curdistão iraquiano e advertiu ao primeiro-ministro do Iraque, Haider Al-Abadi, que uma escalada da situação "debilita todas as partes e ameaça desestabilizar a região".

Em um comunicado, Gabriel explicou que ontem transmitiu essa mensagem a Abadi em uma conversa por telefone, convencido de que "ninguém deveria pensar que há uma solução militar para as tensões internas iraquianas".

A Alemanha, que desde 2014 forneceu armas e equipamento ao exército do Curdistão iraquiano (os peshmergas) para ajudá-lo na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), decidiu suspender a missão de treino das tropas curdas devido à escalada do conflito.

Em uma situação que qualificou de "explosiva", Gabriel pediu "prudência" a todas as partes envolvidas e o início de negociações diretas.

"As ações militares devem parar imediatamente para evitar o avanço desta escalada", ressaltou o chefe da diplomacia alemã, que insistiu na necessidade de retorno à mesa de negociações para resolver as diferenças de forma pacífica.

Para a Alemanha, a prioridade deve ser a luta conjunta contra o os jihadistas do EI e não se deve esquecer que o que está em jogo é o futuro do país e a segurança da região.

O governo alemão rejeitou o referendo de independência unilateral realizado no Curdistão iraquiano e rejeitado por Bagdá ao considerar que a integridade territorial do Iraque é "um bem irrenunciável" e advertiu que a votação poderia piorar a volátil situação na região. EFE

nl/cs