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Pesquisas apontam que eslovenos podem reeleger Pahor já no primeiro turno

19/10/2017 19h13

Vesna Bernardic.

Zagreb, 19 out (EFE).- Os cidadãos da Eslovênia parecem inclinados a reeleger no próximo domingo o ex-primeiro-ministro e atual presidente, Borut Pahor, para um segundo mandato de cinco anos, de acordo com as mais recentes pesquisas feitas no país.

Cerca de 1,7 milhão de eslovenos terão de escolher entre nove candidatos que disputam o pleito, mas, segundo as pesquisas, a única dúvida é se Pahor já vencerá no primeiro turno ou precisará de um segundo, que seria realizado de 12 de novembro caso necessário.

O atual presidente tem entre 35% e 51% das intenções de voto. Seu principal rival, Marjan Sarec, ex-ator e prefeito da pequena cidade de Kamnik, varia entre 17% e 28%.

No entanto, a pesquisa mais recente indica que o presidente, apoiado pelos social-democratas, poderia ter mais de 50% dos votos dos eslovenos já no primeiro turno.

Apesar o presidente estar limitado a funções representativas e protocolares, Pahor garante que, graças ao poderoso poder simbólico do cargo, pode fazer muito a favor da unidade do pais.

Por isso, o presidente, que no último verão chamou atenção dos seus cidadãos ao percorrer o território esloveno a pé, repetiu o slogan "Lado a Lado", de sua vitoriosa campanha em 2012.

Pahor também é apreciado por sua ampla experiência, adquirida durante as mais de três décadas como político.

Ele foi membro do Partido Comunista Esloveno na hoje extinta Iugoslávia, líder dos Sociais Democratas (SD) após a independência do país em 1991, deputado, presidente do parlamento, eurodeputado e primeiro-ministro, entre 2008 e 2011.

Seu adversário, Sarec, líder da centrista "Lista de Marjan Sarec", é um ex-humorista de 40 anos que ganhou popularidade como prefeito de Kamnik, uma cidade de 15 mil habitantes que fica a 15 minutos ao norte de Liubliana, capital do país.

Com o lema "Homem, Comunidade e Estado", ele defende uma mudança e promete um estilo diferente ao de Pahor.

Entre os demais candidatos, todos com poucas chances de chegar ao poder, se destaca Ljudmila Novak, presidente do Nova Eslovênia (NSi), partido de orientação conservadora, e a eurodeputada Radmila Tomc, do Partido Democrata Esloveno (SDS). As duas têm entre 5% e 10% dos votos cada, segundo as pesquisas.

Em um cenário conjuntural marcado por indicadores econômicos positivos, com previsões de crescimento de 4%, inflação de 1,5% e desemprego em 7,2%, a campanha foi um pouco superficial.

Mesmo assim, alguns assuntos atuais acabaram sendo debatidos, como o litígio fronteiriço com a Croácia no Mar Adriático. Os dois candidatos que lideram as pesquisas defendem o diálogo.

Segundo a legislação vigente, o presidente representa a Eslovênia no exterior e é o comandante das Forças Armadas. Ele também é responsável por convocar as eleições legislativas, repassar ao candidato eleito a formação de um novo governo, sancionar as leis votadas no parlamento e nomear embaixadores no exterior.