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Guarda Costeira grega e Frontex resgatam 148 refugiados em três operações

23/11/2017 11h20

Atenas, 23 nov (EFE).- Embarcações da Guarda Costeira grega e da Frontex resgataram nas últimas 24 horas 148 pessoas em três operações de salvamento nos mares Egeu e no Jônico.

Duas embarcações da Frontex, que patrulhavam no Mar Egeu, recuperaram em duas operações 69 e 38 pessoas nas imediações das ilhas de Lesbos e de Samos, respectivamente.

Em uma terceira operação em águas do Mar Jônico, ao sudoeste da península do Peloponeso, a Guarda Costeira helena salvou 41 pessoas que estavam a bordo de uma lancha rápida.

Segundo indicou à Agência Efe uma fonte da Guarda Costeira, a operação foi realizada depois que um dos tripulantes ligou para o número disposto para incidentes para pedir ajuda.

No resgate participaram duas embarcações da Guarda Costeira, um navio comercial que navegava na zona, um barco pesqueiro e um helicóptero das Forças Aéreas.

Desde 15 de agosto tem sido frequente as chegadas diárias às ilhas do mar Egeu desde a costa da Turquia, o que levou mais de 15 mil refugiados se amontoarem em acampamentos com capacidade de alojamento para apenas 5,3 mil pessoas.

Cerca de 20 organizações não-governamentais lançaram nesta quarta-feira uma nova voz de alarme sobre a situação, e em carta aberta ao Governo grego insistiram na necessidade de transferir mais refugiados a território continental perante a chegada do inverno.

No último mês, apenas 2 mil pessoas foram transferidas à parte continental da Grécia, denunciaram.

O ministro de Migração grega, Yannis Muzalas, insistiu repetidamente que o acordo entre a União Europeia (UE) e a Turquia sobre devolução de refugiados só permite o transferência ao continente de pessoas que pertencem a grupos vulneráveis ou cuja solicitação de asilo tenha sido resolvida positivamente.

A imprensa local comenta uma reportagem da revista alemã "Der Spiegel" sobre as condições miseráveis do maior campo de refugiados do Mar Egeu, o de Moria, na ilha de Lesbos, que classifica como "a vergonha da Europa".

A reportagem destaca que desde fora do acampamento, ao qual os jornalistas não têm permissão de acesso, é possível sentir o cheiro de urina e ver muito lixo.