Mianmar e Bangladesh acertam repatriação de 622 mil rohingyas
Bangcoc, 23 nov (EFE). - Os governos da Mianmar e Bangladesh assinaram nesta quinta-feira em Naypyidaw um memorando de intenções que abre o caminho para a repatriação dos 622 mil refugiados rohingyas que fugiram da violência no território birmanês.
De acordo com a imprensa local, o ministro de Relações Exteriores de Bangladesh, Abul Hassan Mahmood Ali, e o ministro Kyaw Tint Swe, do Escritório da Assessoria do Estado de Mianmar, assinaram o documento. Nenhum dos dois políticos revelou os pormenores do pacto, como quando o processo começará. O ministro de Mianmar se mostrou disposto a receber as pessoas o quanto antes, mas disse que é preciso, primeiro, fazer todas as identificações, determinar o lugar de procedência e disponibilizar essas informações para ambos os países.
A parte birmanesa queria que o memorando partisse do acordo que os dois países estabeleceram em 1993, também para a repatriação de muçulmanos que fugiam da violência no estado Rakhine, no oeste da Birmânia. Aquele acordo se limitou a realocar os refugiados conforme o lugar de residência, mas não respeitou a nacionalidade deles, um dos grandes problemas dos rohingyas em Mianmar, cujas autoridades consideram, em geral, imigrantes do país vizinho.
A atual fuga dos rohingyas começou com as operações de represália das Forças de Segurança de Mianmar lançadas após os ataques, de 25 de agosto, do grupo rebelde Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA) a 30 postos militares e policiais em Rakhine.
Embora a violência tenha diminuído e a chefe do governo birmanês, Aung San Suu Kyi, tenha prometido que o regresso dos refugiados será voluntário e seguro, a situação continua desfavorável para esta minoria no estado de Rakhine.
Ontem, o governo americano afirmou que, após uma "análise cuidadosa e exaustiva" dos fatos, "está claro" que a violência e os abusos contra os rohingyas em Rakáin "constitui uma limpeza étnica". EFE
zm/cdr
De acordo com a imprensa local, o ministro de Relações Exteriores de Bangladesh, Abul Hassan Mahmood Ali, e o ministro Kyaw Tint Swe, do Escritório da Assessoria do Estado de Mianmar, assinaram o documento. Nenhum dos dois políticos revelou os pormenores do pacto, como quando o processo começará. O ministro de Mianmar se mostrou disposto a receber as pessoas o quanto antes, mas disse que é preciso, primeiro, fazer todas as identificações, determinar o lugar de procedência e disponibilizar essas informações para ambos os países.
A parte birmanesa queria que o memorando partisse do acordo que os dois países estabeleceram em 1993, também para a repatriação de muçulmanos que fugiam da violência no estado Rakhine, no oeste da Birmânia. Aquele acordo se limitou a realocar os refugiados conforme o lugar de residência, mas não respeitou a nacionalidade deles, um dos grandes problemas dos rohingyas em Mianmar, cujas autoridades consideram, em geral, imigrantes do país vizinho.
A atual fuga dos rohingyas começou com as operações de represália das Forças de Segurança de Mianmar lançadas após os ataques, de 25 de agosto, do grupo rebelde Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA) a 30 postos militares e policiais em Rakhine.
Embora a violência tenha diminuído e a chefe do governo birmanês, Aung San Suu Kyi, tenha prometido que o regresso dos refugiados será voluntário e seguro, a situação continua desfavorável para esta minoria no estado de Rakhine.
Ontem, o governo americano afirmou que, após uma "análise cuidadosa e exaustiva" dos fatos, "está claro" que a violência e os abusos contra os rohingyas em Rakáin "constitui uma limpeza étnica". EFE
zm/cdr
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.