Evo Morales confirma candidatura para 2019 contra "intromissão" dos EUA
La Paz, 30 nov (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, confirmou nesta quinta-feira que buscará um quarto mandato consecutivo nas eleições de 2019 perante o que considerou uma "ameaça" e "intromissão" dos Estados Unidos, que lhe sugeriram que não volta a se candidatar.
"Antes desta ameaça do Departamento de Estado dos EUA, que me diz que devo renunciar à candidatura em 2019, eu não estava tão decidido, mas agora estou decidido: vou ser candidato em 2019 ", disse Morales em um ato na região de Cochabamba.
O presidente boliviano qualificou como "intromissão" o fato de o Departamento de Estado americano ter lhe pedido que não concorresse ao quarto mandato, algo para o que o Tribunal Constitucional (TC) boliviano lhe autorizou nesta terça-feira.
"O que os Estados Unidos têm a ver com isso? Por que têm que ameaçar, amedrontar?", questionou Morales.
O Departamento de Estado dos EUA expressou na quarta-feira em comunicado sua preocupação com a decisão do TC "de declarar inaplicáveis as provisões da Constituição desse país que proíbem aos cargos eletivos, incluindo o presidente, servir mais de dois mandatos consecutivos".
Os EUA consideraram que essa decisão "menospreza a vontade do povo da Bolívia" expressada no referendo que aprovou a nova Carta Magna em 2009 e que rejeitou em 2016 uma reforma para permitir a nova candidatura de Morales.
"O povo da Bolívia falou claro. Os Estados Unidos lhes apoiam e pedem ao atual governo da Bolívia que respeite o resultado desses referendos", destacou o governo de Donald Trump, que considerou a decisão judicial como um "passo atrás na democracia" boliviana.
O Constitucional da Bolívia deu razão nesta terça-feira ao partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), que tinha pedido que alguns artigos da Carta Magna fossem declarados inaplicáveis e que se anulassem outros da Lei Eleitoral para permitir a candidatura do atual presidente em 2019.
Os partidários de Morales tinham apelado ao artigo 23 da Convenção Americana dos Direitos Humanos, para argumentar que deve respeitar-se o direito do presidente a ser eleito e o do povo de elegê-lo.
A Constituição promulgada por Evo Morales em 2009 permitia antes da decisão do tribunal unicamente dois mandatos consecutivos.
No entanto, é a segunda vez que o Constitucional permite que Evo Morales volte a se candidatar à presidência, já que em 2013 o tribunal validou a tese governista de que o primeiro mandato do governante (2006-2009) não contava porque o país foi refundado com a Carta Magna de 2009.
A decisão judicial foi comemorada pelo oficialismo e rejeitada pelos partidos de oposição e por alguns agrupamentos civis que se mobilizaram na noite de quarta-feira em Santa Cruz.
Os protestos derivaram em uma tentativa de tomada da sede do órgão eleitoral por parte dos manifestantes que foram reprimidos pela polícia.
"Antes desta ameaça do Departamento de Estado dos EUA, que me diz que devo renunciar à candidatura em 2019, eu não estava tão decidido, mas agora estou decidido: vou ser candidato em 2019 ", disse Morales em um ato na região de Cochabamba.
O presidente boliviano qualificou como "intromissão" o fato de o Departamento de Estado americano ter lhe pedido que não concorresse ao quarto mandato, algo para o que o Tribunal Constitucional (TC) boliviano lhe autorizou nesta terça-feira.
"O que os Estados Unidos têm a ver com isso? Por que têm que ameaçar, amedrontar?", questionou Morales.
O Departamento de Estado dos EUA expressou na quarta-feira em comunicado sua preocupação com a decisão do TC "de declarar inaplicáveis as provisões da Constituição desse país que proíbem aos cargos eletivos, incluindo o presidente, servir mais de dois mandatos consecutivos".
Os EUA consideraram que essa decisão "menospreza a vontade do povo da Bolívia" expressada no referendo que aprovou a nova Carta Magna em 2009 e que rejeitou em 2016 uma reforma para permitir a nova candidatura de Morales.
"O povo da Bolívia falou claro. Os Estados Unidos lhes apoiam e pedem ao atual governo da Bolívia que respeite o resultado desses referendos", destacou o governo de Donald Trump, que considerou a decisão judicial como um "passo atrás na democracia" boliviana.
O Constitucional da Bolívia deu razão nesta terça-feira ao partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), que tinha pedido que alguns artigos da Carta Magna fossem declarados inaplicáveis e que se anulassem outros da Lei Eleitoral para permitir a candidatura do atual presidente em 2019.
Os partidários de Morales tinham apelado ao artigo 23 da Convenção Americana dos Direitos Humanos, para argumentar que deve respeitar-se o direito do presidente a ser eleito e o do povo de elegê-lo.
A Constituição promulgada por Evo Morales em 2009 permitia antes da decisão do tribunal unicamente dois mandatos consecutivos.
No entanto, é a segunda vez que o Constitucional permite que Evo Morales volte a se candidatar à presidência, já que em 2013 o tribunal validou a tese governista de que o primeiro mandato do governante (2006-2009) não contava porque o país foi refundado com a Carta Magna de 2009.
A decisão judicial foi comemorada pelo oficialismo e rejeitada pelos partidos de oposição e por alguns agrupamentos civis que se mobilizaram na noite de quarta-feira em Santa Cruz.
Os protestos derivaram em uma tentativa de tomada da sede do órgão eleitoral por parte dos manifestantes que foram reprimidos pela polícia.
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