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Guterres e Abe se reúnem e falam sobre questão na Coreia do Norte

14/12/2017 05h10

Tóquio, 14 dez (EFE).- O secretário-geral da ONU, António Guterres, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, discutiram nesta quinta-feira em Tóquio a possibilidade de começar um diálogo multilateral sobre a desnuclearização da Coreia do Norte.

"Nós discutimos a necessidade de aplicar plenamente as sanções das Nações Unidas sobre a Coreia do Norte diante da continuidade dos seus programas armamentísticos", disse Abe, em entrevista coletiva após a reunião.

O governante japonês também afirmou que os dois trataram sobre a possibilidade de iniciar um "dialogo substancioso sobre a desnuclearização" da península coreana.

Por sua vez, Guterres ressaltou a importância que o Conselho de Segurança da ONU mantenha sua unidade para a plena aplicação das sanções sobre Pyongyang e também com vista da "possibilidade de uma solução diplomática para a desnuclearização" da Coreia do Norte.

Abe e Guterres falaram hoje com a imprensa após a reunião no escritório do primeiro-ministro em Tóquio, como parte da visita de dois dias a Japão do secretário-geral da ONU.

A crise na península coreana foi um dos principais temas tratados pelos dois, além de outros assuntos de cooperação dentro das Nações Unidas como a iniciativa para garantir uma cobertura de saúde em nível global.

Abe afirmou que a desnuclearização da península coreana é indispensável para a paz e a estabilidade tanto em nível regional como global, e acrescentou que espera que o Conselho de Segurança da ONU envie "uma forte mensagem" neste sentido durante a reunião ministerial prevista para o dia 15.

Além disso, Guterres, afirmou a urgência de encontrar uma solução para a situação na península coreana "para evitar que desemboque num conflito que poderia ter consequências catastróficas".

O secretário-geral da ONU também afirmou que este órgão está plenamente comprometido para tentar resolver os sequestros de cidadãos japoneses há décadas por parte do regime de Pyongyang, casos que foram classificados de "espantosos" e que, segundo disse, causaram um "inimaginável sofrimento" aos familiares.