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Venezuela ironiza oferta de ajuda humanitária feita pelos EUA

16/12/2017 17h54

Caracas, 16 dez (EFE).- A Venezuela disse neste sábado que os Estados Unidos "zombam" da comunidade internacional ao oferecer ajuda humanitária ao país enquanto persistem em aplicar sanções econômicas contra membros do governo de Nicolás Maduro.

Em comunicado, a Venezuela rejeitar categoria o "cínico" pronunciamento da porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, que disse ontem que o governo americano segue "muito preocupado" com as condições humanitárias do povo venezuelano.

A porta-voz indicou que os EUA estão prontos para enviar comida às regiões afetadas pela crise enfrentada pela Venezuela.

"Esses recursos poderiam estar disponíveis imediatamente se o governo da Venezuela aceitasse assistência humanitária internacional. Repetimos o nosso pedido ao regime de Maduro para que deixe de negar as necessidades de seu povo e permita a chegada de ajuda da comunidade internacional", afirmou Nauert.

O governo da Venezuela respondeu hoje estar "surpreso" com o fato de os EUA estarem em condições de oferecer ajuda ao país se, recentemente, não foi capaz de socorrer Porto Rico da destruição provocada pelas passagens dos furacões Irma e Maria.

Dessa forma, a Venezuela pediu que o presidente dos EUA, Donald Trump, se esforce para melhorar as "críticas condições" vividas por um "amplo setor da população americana".

"São 27 milhões de pessoas que não possuem plano de saúde, 21% das crianças vivem em situação de pobreza, 36,5% dos adultos sofre de obesidade, mais de 32 milhões de pessoas não sabem ler e 41 milhões de pessoas - mais que a população inteira da Venezuela - sofrem com a fome", afirmou o governo de Maduro em nota.

Além disso, a Venezuela também pediu que os EUA parem de fazer "ameaças à segurança e à integridade do país".