Em ano marcado pelo fim da Missão da ONU, Haiti ganha novo presidente
Porto Príncipe, 29 dez (EFE).- Jovenel Moise assumiu a presidência do Haiti depois de dois anos de instabilidade política, algo constante no país, que enfrenta agora a árdua tarefa de garantir a segurança da população após a saída da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah), que durou 13 anos.
Empresário do ramo da agricultura e sem experiência na política, Moise, de 49 anos, tomou posse em 7 de fevereiro com uma mensagem de união para construir um Haiti melhor. O país ainda sofre as consequências do forte terremoto de janeiro de 2010, que deixou 300 mil pessoas mortas e a mesma quantidade de feridos.
A chegada do novo presidente ao poder terminou com um ano de governo provisório liderado pelo ex-presidente do Senado, Jocelerme Privert, que assumiu o Executivo depois de Michel Martelly completar cinco anos no poder sem que um sucessor tivesse sido escolhido por causa de uma crise política e eleitoral.
"Vou precisar de todos, candidatos, políticos, os que votaram em mim e os que não votaram, para mudar este país, para construir um Haiti melhor para todo mundo", afirmou Moise no discurso de posse, consciente da realidade da nação, onde quase 60% da população vive abaixo da linha da pobreza.
Ele também assumiu o desafio de ajudar o país a se recuperar dos prejuízos causados em outubro de 2016 pelo furacão Matthew, que deixou 573 mortos, provocou o aumento da epidemia de cólera de 2010 e gerou perdas de US$ 2 bilhões (20% do PIB), um quarto dessa quantidade no setor agrícola, conforme dados oficiais.
Este ano, o país voltou a sofrer as dificuldades, com duas semanas de diferença, de outros dois furacões: Irma e María. Os dois ciclones coincidiram com uma série de grandes protestos contra a aprovação da Lei de Orçamento, que eleva os impostos de vários serviços públicos.
Após um 2016 crítico, as previsões da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) com relação à economia haitiana assinalam que este ano terminará com um crescimento de 1%, que chegará a 2% em 2018.
Com grandes expectativas, Moise lançou em maio um projeto chamado "Caravana da Mudança", um plano para impulsionar a produção nacional, especialmente no setor agrícola, vital para a empobrecida nação. A iniciativa já está funcionando no departamento de Artibonite, no norte do país, mas os resultados ainda são pouco expressivos.
O Haiti é um país extremamente vulnerável aos fenômenos naturais, e em agosto, como parte de uma estratégia traçada entre governo, organismos internacionais e sociedade civil, foi lançada uma ação para lutar contra a mudança climática e o desmatamento, com investimento de US$ 300 milhões.
O país termina o ano de 2017 com a missão de garantir a segurança da população após a retirada da Minustah, que chegou ao país em 2004 para dar apoio depois de um movimento armado derrubar o então presidente, Jean-Bertrand Aristide.
A missão da ONU, que foi reforçada para ajudar o Haiti a se recuperar do terremoto de 2010, deu espaço a uma pequena presença policial que se centrará em apoiar à Polícia, promover o Estado de Direito e vigiar o respeito aos direitos humanos. Um mês depois da retirada da missão, oito policiais foram assassinados, evidenciando a fragilidade do órgão.
O governo de Jovenel Moise decidiu este ano ressuscitar o antigo Exército, dissolvido por Aristide durante o seu primeiro mandato, em 1995, pela participação dos seus membros em golpes de Estado e violações dos direitos humanos. A decisão de Moise divide à sociedade, já que o Exército é acusado de alguns dos piores crimes da história do país.
Empresário do ramo da agricultura e sem experiência na política, Moise, de 49 anos, tomou posse em 7 de fevereiro com uma mensagem de união para construir um Haiti melhor. O país ainda sofre as consequências do forte terremoto de janeiro de 2010, que deixou 300 mil pessoas mortas e a mesma quantidade de feridos.
A chegada do novo presidente ao poder terminou com um ano de governo provisório liderado pelo ex-presidente do Senado, Jocelerme Privert, que assumiu o Executivo depois de Michel Martelly completar cinco anos no poder sem que um sucessor tivesse sido escolhido por causa de uma crise política e eleitoral.
"Vou precisar de todos, candidatos, políticos, os que votaram em mim e os que não votaram, para mudar este país, para construir um Haiti melhor para todo mundo", afirmou Moise no discurso de posse, consciente da realidade da nação, onde quase 60% da população vive abaixo da linha da pobreza.
Ele também assumiu o desafio de ajudar o país a se recuperar dos prejuízos causados em outubro de 2016 pelo furacão Matthew, que deixou 573 mortos, provocou o aumento da epidemia de cólera de 2010 e gerou perdas de US$ 2 bilhões (20% do PIB), um quarto dessa quantidade no setor agrícola, conforme dados oficiais.
Este ano, o país voltou a sofrer as dificuldades, com duas semanas de diferença, de outros dois furacões: Irma e María. Os dois ciclones coincidiram com uma série de grandes protestos contra a aprovação da Lei de Orçamento, que eleva os impostos de vários serviços públicos.
Após um 2016 crítico, as previsões da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) com relação à economia haitiana assinalam que este ano terminará com um crescimento de 1%, que chegará a 2% em 2018.
Com grandes expectativas, Moise lançou em maio um projeto chamado "Caravana da Mudança", um plano para impulsionar a produção nacional, especialmente no setor agrícola, vital para a empobrecida nação. A iniciativa já está funcionando no departamento de Artibonite, no norte do país, mas os resultados ainda são pouco expressivos.
O Haiti é um país extremamente vulnerável aos fenômenos naturais, e em agosto, como parte de uma estratégia traçada entre governo, organismos internacionais e sociedade civil, foi lançada uma ação para lutar contra a mudança climática e o desmatamento, com investimento de US$ 300 milhões.
O país termina o ano de 2017 com a missão de garantir a segurança da população após a retirada da Minustah, que chegou ao país em 2004 para dar apoio depois de um movimento armado derrubar o então presidente, Jean-Bertrand Aristide.
A missão da ONU, que foi reforçada para ajudar o Haiti a se recuperar do terremoto de 2010, deu espaço a uma pequena presença policial que se centrará em apoiar à Polícia, promover o Estado de Direito e vigiar o respeito aos direitos humanos. Um mês depois da retirada da missão, oito policiais foram assassinados, evidenciando a fragilidade do órgão.
O governo de Jovenel Moise decidiu este ano ressuscitar o antigo Exército, dissolvido por Aristide durante o seu primeiro mandato, em 1995, pela participação dos seus membros em golpes de Estado e violações dos direitos humanos. A decisão de Moise divide à sociedade, já que o Exército é acusado de alguns dos piores crimes da história do país.
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