Deputada ucraniana Savchenko é detida em Kiev acusada de terrorismo
Kiev, 22 mar (EFE).- A piloto e deputada ucraniana Nadiya Savchenko foi detida nesta quinta-feira no parlamento da Ucrânia por supostamente planejar um ataque terrorista contra membros do governo do presidente do país, Petro Poroshenko.
Segundo as autoridades ucranianas, Savchenko - que era considerada uma heroína nacional após ter passado dois anos em uma prisão russa - enfrenta várias acusações criminais por uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A detenção da deputada aconteceu logo depois que ela compareceu a uma sessão do Comitê Regulamentar da Rada Suprema (parlamento) para prestar esclarecimentos, que terminou com a decisão de suspender o foro privilegiado da congressista.
O procurador-geral da Ucrânia, Yuri Lutsenko, afirmou hoje ter provas de que Savchenko fez contato com integrantes do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU, na sigla em ucraniano) para convencê-los a preparar um ataque contra "membros do alto escalão" do governo, no qual a Rússia também estaria envolvida.
"Conhecemos fatos que provam a participação da Federação Russa, como inimigo do Estado ucraniano, no fornecimento de armas a pessoas que planejavam cometer um ato terrorista contra os principais líderes do Estado e a população da capital com o objetivo de derrubar a ordem constitucional", acrescentou Lutsenko.
Savchenko, por sua vez, qualificou as acusações de "absurdas" e afirmou que a ideia de organizar um golpe de Estado não passa de uma "provocação política".
A ex-piloto, que tinha se transformado em um símbolo da resistência ucraniana contra as milícias pró-Rússia que ocuparam o leste do país, foi condenada na Rússia a 22 anos de prisão em 2014 acusada de cumplicidade no assassinato de dois jornalistas russos.
Segundo a Justiça russa, a militar proporcionou as coordenadas de um posto de controle das milícias pró-Rússia na região de Lugansk onde estavam dois repórteres da emissora de radiotelevisão russa, que acabaram morrendo com a explosão de bombas.
Savchenko sempre defendeu sua inocência e, em maio de 2016, foi libertada após receber um indulto da Rússia e ser trocada por dois agentes de inteligência russos graças a um acordo entre os dois países.
Ao retornar à Ucrânia, a piloto foi condecorada com a Estrela de Ouro pelo presidente Poroshenko e iniciou seus primeiros passos na política como deputada da Rada Suprema.
Não obstante, Savchenko não demorou para deixar claro que defenderia suas posições no plenário, até o ponto em que protagonizou com frequência cenas nas quais acusava os deputados de "mentirosos" e utilizava uma linguagem grosseira.
Nos últimos meses, Savchenko vinha acusando o governo de Poroshenko de "crimes contra o povo ucraniano" e convocou publicamente os cidadãos do país a forçarem uma mudança de poder.
Para a deputada, a perseguição é resultado do fato de ela ter viajado recentemente para fora do país para "testemunhar em instâncias legais e judiciais europeias contra a corrupção de Poroshenko" e a "criminalidade" do atual governo.
Segundo as autoridades ucranianas, Savchenko - que era considerada uma heroína nacional após ter passado dois anos em uma prisão russa - enfrenta várias acusações criminais por uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A detenção da deputada aconteceu logo depois que ela compareceu a uma sessão do Comitê Regulamentar da Rada Suprema (parlamento) para prestar esclarecimentos, que terminou com a decisão de suspender o foro privilegiado da congressista.
O procurador-geral da Ucrânia, Yuri Lutsenko, afirmou hoje ter provas de que Savchenko fez contato com integrantes do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU, na sigla em ucraniano) para convencê-los a preparar um ataque contra "membros do alto escalão" do governo, no qual a Rússia também estaria envolvida.
"Conhecemos fatos que provam a participação da Federação Russa, como inimigo do Estado ucraniano, no fornecimento de armas a pessoas que planejavam cometer um ato terrorista contra os principais líderes do Estado e a população da capital com o objetivo de derrubar a ordem constitucional", acrescentou Lutsenko.
Savchenko, por sua vez, qualificou as acusações de "absurdas" e afirmou que a ideia de organizar um golpe de Estado não passa de uma "provocação política".
A ex-piloto, que tinha se transformado em um símbolo da resistência ucraniana contra as milícias pró-Rússia que ocuparam o leste do país, foi condenada na Rússia a 22 anos de prisão em 2014 acusada de cumplicidade no assassinato de dois jornalistas russos.
Segundo a Justiça russa, a militar proporcionou as coordenadas de um posto de controle das milícias pró-Rússia na região de Lugansk onde estavam dois repórteres da emissora de radiotelevisão russa, que acabaram morrendo com a explosão de bombas.
Savchenko sempre defendeu sua inocência e, em maio de 2016, foi libertada após receber um indulto da Rússia e ser trocada por dois agentes de inteligência russos graças a um acordo entre os dois países.
Ao retornar à Ucrânia, a piloto foi condecorada com a Estrela de Ouro pelo presidente Poroshenko e iniciou seus primeiros passos na política como deputada da Rada Suprema.
Não obstante, Savchenko não demorou para deixar claro que defenderia suas posições no plenário, até o ponto em que protagonizou com frequência cenas nas quais acusava os deputados de "mentirosos" e utilizava uma linguagem grosseira.
Nos últimos meses, Savchenko vinha acusando o governo de Poroshenko de "crimes contra o povo ucraniano" e convocou publicamente os cidadãos do país a forçarem uma mudança de poder.
Para a deputada, a perseguição é resultado do fato de ela ter viajado recentemente para fora do país para "testemunhar em instâncias legais e judiciais europeias contra a corrupção de Poroshenko" e a "criminalidade" do atual governo.
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