Irlanda afirma que não usa o "Brexit" para avançar na reunificação
Dublin, 30 abr (EFE).- O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, afirmou nesta segunda-feira que não está aproveitando o "Brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), para avançar na reunificação com a Irlanda do Norte.
Varadkar fez as declarações durante um evento organizado pelo governo da Irlanda em Dundalk para debater o "Brexit" e o futuro da fronteira com a Irlanda do Norte. O evento conta com a participação do negociador da UE no processo, o francês Michel Barnier.
O primeiro-ministro reconheceu que parte da comunidade unionista pró-Reino Unido na reunião está preocupada com a possibilidade de o "Brexit" afetar a integridade territorial britânica.
Reino Unido e UE concordam em manter a fronteira com a Irlanda do Norte o mais aberta possível, uma decisão essencial para a economia da ilha e o processo de paz com a Irlanda. No entanto, a UE cobrou do governo britânico uma proposta viável para que essa fronteira continue "invisível" depois do "Brexit".
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, já afirmou que o país deixará o mercado comum europeu depois do "Brexit". O principal representante da comunidade protestante da Irlanda do Norte, o Partido Democrático Unionista (DUP), exige a permanência.
"Nossa agenda é totalmente transparente, respeita a vigência do Acordo de paz da Sexta-Feira Santa (1998) e tudo o que ele representa para as pessoas da ilha, o que inclui o princípio de consentimento, de política pacífica, de instituições democráticas, e de reconciliação e cooperação", ressaltou Varadkar.
O líder democrata-cristão destacou que nem seu governo nem a UE estão interessados em se apropriar do território da Irlanda do Norte. "O status constitucional deles só mudará quando assim desejar a maioria dos cidadãos", disse o primeiro-ministro.
O "Brexit" foi rejeitado por 56% do eleitorado norte-irlandês no referendo realizado em junho de 2016. Em todo o Reino Unido, 52% dos britânicos aprovaram a saída da UE.
O partido nacionalista Siin Féin, o principal entre a comunidade católica na Irlanda do Norte, também tenta aproveitar o resultado do referendo para avançar no objetivo histórico da reunificação.
Segundo Varadkar, as divergências sobre a separação, assim como questões de política regional, mantêm o governo de Belfast, de poder compartilhado entre protestantes e católicos, paralisado há mais de um ano, o que também afeta o debate sobre a fronteira.
A líder do DUP, Arlene Foster, disse hoje ao jornal "The Guardian" que Barnier não entende o unionismo, não é um negociador honesto e que adota "práticas agressivas".
O negociador da UE respondeu que suas portas estão abertas para ouvir o DUP e que respeita a posição unionista. Barnier também voltou a cobrar o Reino Unido uma solução para a fronteira entre as Irlandas.
Varadkar fez as declarações durante um evento organizado pelo governo da Irlanda em Dundalk para debater o "Brexit" e o futuro da fronteira com a Irlanda do Norte. O evento conta com a participação do negociador da UE no processo, o francês Michel Barnier.
O primeiro-ministro reconheceu que parte da comunidade unionista pró-Reino Unido na reunião está preocupada com a possibilidade de o "Brexit" afetar a integridade territorial britânica.
Reino Unido e UE concordam em manter a fronteira com a Irlanda do Norte o mais aberta possível, uma decisão essencial para a economia da ilha e o processo de paz com a Irlanda. No entanto, a UE cobrou do governo britânico uma proposta viável para que essa fronteira continue "invisível" depois do "Brexit".
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, já afirmou que o país deixará o mercado comum europeu depois do "Brexit". O principal representante da comunidade protestante da Irlanda do Norte, o Partido Democrático Unionista (DUP), exige a permanência.
"Nossa agenda é totalmente transparente, respeita a vigência do Acordo de paz da Sexta-Feira Santa (1998) e tudo o que ele representa para as pessoas da ilha, o que inclui o princípio de consentimento, de política pacífica, de instituições democráticas, e de reconciliação e cooperação", ressaltou Varadkar.
O líder democrata-cristão destacou que nem seu governo nem a UE estão interessados em se apropriar do território da Irlanda do Norte. "O status constitucional deles só mudará quando assim desejar a maioria dos cidadãos", disse o primeiro-ministro.
O "Brexit" foi rejeitado por 56% do eleitorado norte-irlandês no referendo realizado em junho de 2016. Em todo o Reino Unido, 52% dos britânicos aprovaram a saída da UE.
O partido nacionalista Siin Féin, o principal entre a comunidade católica na Irlanda do Norte, também tenta aproveitar o resultado do referendo para avançar no objetivo histórico da reunificação.
Segundo Varadkar, as divergências sobre a separação, assim como questões de política regional, mantêm o governo de Belfast, de poder compartilhado entre protestantes e católicos, paralisado há mais de um ano, o que também afeta o debate sobre a fronteira.
A líder do DUP, Arlene Foster, disse hoje ao jornal "The Guardian" que Barnier não entende o unionismo, não é um negociador honesto e que adota "práticas agressivas".
O negociador da UE respondeu que suas portas estão abertas para ouvir o DUP e que respeita a posição unionista. Barnier também voltou a cobrar o Reino Unido uma solução para a fronteira entre as Irlandas.
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