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Maduro duplica salários e aumenta subsídios 20 dias antes das eleições

30/04/2018 20h21

Caracas, 30 abr (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, duplicou nesta segunda-feira o valor do salário mínimo dos trabalhadores e aumentou os subsídios recebidos por milhões de pessoas, quando faltam 20 dias para que o país realize eleições presidenciais nas quais o líder chavista tentará a reeleição.

Durante um ato governamental em Caracas, o candidato governista anunciou sua decisão de aumentar o salário mínimo integral em 95%, até 2.555.500 bolívares (o equivalente a cerca de R$ 130), uma quantia que no atual câmbio de dólar manterá este pagamento em US$ 37, o mesmo do último aumento de 1º de março.

O chefe do Executivo afirmou que aprovou este aumento como "um escudo frente à guerra econômica criminosa da oligarquia neoliberal e do Fundo Monetário Internacional (FMI)", que assegura existir contra seu governo.

Este é o 44º aumento de salário nos últimos 19 anos, desde que a chamada "revolução bolivariana" promovida pelo falecido Hugo Chávez (1999-2013) foi instaurada e que agora continua com Maduro.

No entanto, o candidato governista foi além hoje, ao aprovar um aumento de 56% aos "bônus de proteção" concedidos a famílias que foram recenseadas através do sistema de registro governamental chamado "Carteira da Pátria".

Maduro assegurou que atualmente este benefício chega a "quatro milhões de famílias", e antecipou que no mês de maio "devemos chegar a cinco milhões de famílias protegidas de maneira integral".

Desta maneira, as famílias de duas pessoas, que recebiam "bônus de proteção" de 320.000 bolívares agora obterão 500.000 (que equivale a US$ 7,2 na taxa de câmbio oficial de hoje), enquanto as de dez membros passam de 1.680.000 a 2.580.000 bolívares (US$ 37,3).

Além disso, determinou a concessão de um bônus "único" especial para os operários que, segundo disse, deve beneficiar dez milhões de trabalhadores com 1.500.000 bolívares (US$ 21,7).