Mais de 60 pessoas morreram com erupção de vulcão na Guatemala
O Instituto Nacional de Ciência Legista da Guatemala (Inacif) confirmou nesta segunda-feira (4) que ao menos 62 pessoas morreram devido à forte erupção do Vulcão de Fogo neste domingo (3), que deixou também 1,7 milhão de afetados.
A porta-voz do Inacif, Mirna Zeledón, indicou que a causa da morte da maioria das 62 vítimas foi "asfixia por sufocação".
Por sua vez, o Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia afirmou no começo da manhã que o vulcão está voltando à sua normalidade, mas advertiu que as fendas de até 80 metros de profundidade estão cheias de material vulcânico.
O organismo também alertou que as chuvas são o principal risco neste momento porque podem causar lahares de fluxo piroclástico.
Embora a atividade do vulcão tenha diminuído não se descarta uma nova erupção, segundo disse o secretário da Coordenadoria Nacional para Redução de Desastres, Sergio García Cabañas, que acrescentou que não se sabe quantos mortos podem haver debaixo das toneladas de cinza.
A erupção de domingo
O Vulcão de Fogo tem 3.763 metros de altura e fica a 40 km da Cidade da Guatemala, capital do país. No domingo, ele entrou em erupção, expeliu rochas, fumaça negra e cinzas no céu.
Um fluxo de lava atingiu a aldeia de El Rodeo, matando pessoas dentro de suas casas. O principal aeroporto da cidade foi fechado e o presidente, Jimmy Morales, declarou três dias de luto nacional.
Em um comunicado oficial, Morales disse que o país vive uma “dor profunda” pelos “danos irreparáveis” às vidas humanas, provocados pelo vulcão.
Sergio Cabañas, chefe da agência guatemalteca de gerenciamento de desastres naturais, disse a uma rádio local que a lava mudou de caminho nos arredores do povoado de El Rodeo, nos pés do vulcão, o que dificultou a ação dos serviços de resgate.
“Infelizmente El Rodeo foi enterrada e não fomos capazes de chegar até a vila La Libertad por causa da lava e talvez há pessoas mortas lá”, declarou Cabañas.
Essa é a maior erupção desde 1974, segundo especialistas locais.
Autoridades recomendam que a população use máscaras para evitar contaminação com as cinzas do vulcão. As Forças Armadas estão auxiliando no resgate e na montagem de abrigos temporários, além de ajudar a limpar as vias e o aeroporto da capital.
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