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Entre lágrimas, Dennis Rodman expressa seu apoio à cúpula entre Trump e Kim

O ex-jogador de baquete Dennis Rodman viajou para Singapura pago por um site de bitcoin - Adek Berry/AFP
O ex-jogador de baquete Dennis Rodman viajou para Singapura pago por um site de bitcoin Imagem: Adek Berry/AFP

12/06/2018 01h13

O ex-jogador da NBA, Dennis Rodman, expressou nesta terça-feira, de Singapura, seu apoio à cúpula que está sendo realizada entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em uma declaração entre lágrimas, para a emissora americana "CNN".

O lendário ala-pivô do Chicago Bulls, que visitou a Coreia do Norte em cinco ocasiões e afirma ser amigo de Kim, disse que deseja que a cúpula seja um "sucesso" e que "está feliz por fazer parte disso", porque "eu mereço", de acordo com a entrevista em Singapura.

Rodman ficou emocionado e começou a chorar ao explicar que, durante uma de suas visitas a Pyongyang, o líder norte-coreano lhe passou uma mensagem destinada ao antigo presidente americano, Barack Obama, que, segundo ele, se recusou a recebê-lo.

"Eu acredito na Coreia do Norte", disse Rodman, que também afirmou ter recebido ameaças de morte nos Estados Unidos pelas suas visitas ao fechado regime.

O ex-astro da NBA apareceu diante de vários veículos de imprensa que estão em Singapura para a histórica cúpula, usando um óculos de sol e um boné vermelho que trazia o slogan da campanha eleitoral do líder republicano: "Make America Great Again" (Torne a América Grande Novamente).

Rodman é um fervoroso defensor de Trump, e durante sua visita a Pyongyang realizada justamente há um ano e em um momento de máxima tensão entre o regime e Washington, deu a Kim um exemplar do livro publicado em 1987 pelo atual presidente americano, chamado "A Arte da Negociação".

O polêmico ex-jogador de basquete disse que viajou para o fechado país com o objetivo de "abrir as portas" para o diálogo.

Dennis Rodman, de 57 anos, recebeu duras críticas pela sua estreita relação com o líder do regime norte-coreano e após uma das suas primeiras visitas em 2013, disse que buscava uma abordagem mais próxima do mundo exterior à Coreia do Norte através da chamada "diplomacia do basquete".

A cúpula de hoje, cujo objetivo é debater o possível fim do programa nuclear de Pyongyang, é a primeira entre governantes dos dois países após quase 70 anos de tensões por causa da Guerra da Coreia (1950-1953), incluindo 25 de negociações frustradas sobre o chamado processo de desnuclearização norte-coreano.