Biden confirma cessar-fogo e diz que acordo começa na quarta-feira (27)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah e anunciou que acordo terá início na madrugada desta quarta-feira (27).

O que aconteceu

O acordo de cessar-fogo no Líbano começará às 4h, no horário local. "Com o acordo alcançado hoje, com efeito às 4h de amanhã, horário local, os combates na fronteira libanesa-israelense terminarão", afirmou Biden durante comentários na Casa Branca.

"Deixe-me ser claro: se o Hezbollah ou qualquer outra pessoa quebrar o acordo e representar uma ameaça direta a Israel, então Israel mantém o direito à legítima defesa, consistente com o direito internacional", declarou o presidente dos Estados Unidos.

Biden classificou o acordo no Líbano como "boa notícia". O democrata também afirmou cessar-fogo "prenuncia um novo começo para o Líbano". "Isto foi concebido para ser uma cessação permanente das hostilidades. O que resta do Hezbollah e de outras organizações terroristas não será permitido", acrescentou.

Ele disse que continuará a pressionar pelo cessar-fogo em Gaza. "Assim como o povo libanês merece um futuro de segurança e prosperidade, o povo de Gaza também merece", declarou.

O presidente lembrou que o Hamas se recusou durante meses a negociar um cessar-fogo e um acordo pela devolução dos reféns. Biden explicou que a "única saída" do Hamas é libertar os restantes reféns e pôr fim aos combates, o que permitiria ajuda humanitária a Gaza.

Para Biden, o "sucesso do acordo com o Líbano" aproxima a perspectiva de menos conflitos no Oriente Médio. "Nos aproxima da concretização da agenda afirmativa", acrescentou durante seu pronunciamento.

Um futuro onde os palestinos tenham um Estado próprio; aquele que cumpre as aspirações legítimas do seu povo; e que não possa ameaçar Israel ou abrigar grupos terroristas com o apoio do Irão. Um futuro onde israelenses e palestinos desfrutem de medidas iguais de segurança, prosperidade e, sim, dignidade.
Joe Biden, presidente dos EUA

Gabinete de segurança de Israel aprovou acordo de cessar-fogo

O gabinete de segurança israelense aprovou, nesta terça-feira (26), um acordo de cessar-fogo no Líbano. Pausa vem após mais de dois meses de guerra aberta com o movimento pró-iraniano Hezbollah.

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Netanyahu conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ele agradeceu "seu envolvimento" para alcançar este acordo, segundo informações do gabinete do premiê israelense.

O premiê diz que há três motivos para o cessar-fogo. Concentrar-se no Irã, reabastecer os suprimentos de armas esgotados e dar um descanso ao exército e, finalmente, isolar o Hamas, o grupo militante que desencadeou a guerra na região quando lançou um ataque contra Israel a partir de Gaza no ano passado.

Ele disse que o Hezbollah, que é apoiado pelo Irã e aliado do Hamas, estava consideravelmente mais fraco do que no início do conflito. "Fizemos o Hezbollah retroceder décadas, eliminamos... seus principais líderes, destruímos a maioria de seus foguetes e mísseis, neutralizamos milhares de combatentes e destruímos anos de infraestrutura terrorista perto de nossa fronteira", disse ele.

"Nós visamos objetivos estratégicos em todo o Líbano, abalando Beirute em seu âmago", afirmou Netahyahu. O acordo exige que as tropas israelenses se retirem do sul do Líbano e que o Exército libanês se posicione na região dentro de 60 dias. O Hezbollah, por sua vez, encerraria sua presença armada ao longo da fronteira ao sul do rio Litani.

Nos últimos dias, os EUA, a União Europeia e a ONU intensificaram os esforços para a imposição de uma trégua. Em uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do G7, o chefe de polícia externa da UE já havia dito que não havia desculpa para não implementar o acordo com o Hezbollah e fez pressão pela aprovação de Israel.

Há mais de um mês, o Líbano esperava pelo cessar-fogo. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse em outubro que estava fazendo tudo o que era possível para a negociação e que estava otimista com a possibilidade. A expectativa, no entanto, foi frustrada por Israel, que sinalizou rejeição com expansão de ataques.

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Em meio aos avanços diplomáticos durante a semana, houve ainda uma escalada militar na terça. Ataques aéreos israelenses demoliram mais subúrbios do sul de Beirute controlados pelo Hezbollah, enquanto o grupo armado manteve os disparos de foguetes contra Israel.

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