Líderes democratas pedem que Senado rejeite indicação de Kavanaugh
Uma maioria de senadores democratas rejeitaram nesta segunda-feira (9) a indicação por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do juiz conservador Brett Kavanaugh para a Suprema Corte, embora os mais moderados não tenham fechado a porta para apoiá-lo.
Kavanaugh precisa agora da confirmação por maioria absoluta do Senado, que os republicanos dominam por 51 a 49. Por isso, um eventual apoio de legisladores democratas garantiria sua ida para o Tribunal Supremo.
O líder dos democratas na Câmara Alta, Chuck Schumer, fez um apelo aos senadores de ambos os partidos pela rejeição a Kavanaugh, visando proteger os direitos reprodutivos das mulheres, em relação ao temor que uma nova maioria conservadora proíba o aborto.
"Vou me opor à indicação do juiz Kavanaugh, e espero que uma maioria bipartidária faça o mesmo. O que está em jogo é simplesmente demais", afirmou Schumer em comunicado.
O seu número dois, o senador Dick Durbin, considerou que a potencial chegada de Kavanaugh ao Supremo o transformaria em um tribunal de "extrema-direita", com o subsequente risco de que "os piores impulsos da Presidência de Trump não tenham controle".
Apesar da rejeição a Kavanaugh, os democratas considerados moderados não fecharam a porta para votar em favor do magistrado de Trump, ao concluir o processo de confirmação como, de fato, já fizeram no ano passado com Neil Gorsuch.
Trump nomeou hoje Kavanaugh para cobrir a vaga do Supremo, aberta após o anúncio de aposentadoria do magistrado mais centrista do tribunal, o também conservador Anthony Kennedy.
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