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Castro assegura que não há provas de suposta "guerra sônica" contra EUA

26/07/2018 11h58

Havana, 26 jul (EFE).- O ex-presidente e líder do governante Partido Comunista de Cuba (PCC, único), Raúl Castro, afirmou nesta quinta-feira que não há provas da suposta "guerra sônica" contra diplomatas americanos no país caribenho, que viu "degradadas" as suas relações diplomáticas com os Estados Unidos no último ano.

"Desde agosto do ano passado, com o pretexto de prejuízos à saúde dos seus diplomatas, na chamada 'guerra sônica', cuja origem ninguém pôde explicar nem provar, (...) os vínculos bilaterais com os Estados Unidos têm se degradado", disse Castro.

O ex-governante se referiu aos supostos "ataques sônicos", um dos principais obstáculos na complexa e frágil relação bilateral, durante as palavras do ato pelo Dia da Rebeldia Nacional, comemorado esta manhã em Santiago de Cuba.

Esta data, uma das mais importantes do calendário revolucionário do país, costuma servir aos líderes cubanos para fazer um resumo da situação do país e avaliar o andamento dos seus assuntos econômicos, políticos e sociais.

No seu discurso de mais de 40 minutos, Castro dedicou um à parte às relações com os EUA, histórico inimigo com o qual restabeleceu vínculos em 2015, e rejeitou as acusações do seu vizinho sobre os misteriosos incidentes de saúde supostamente sofridos por 26 funcionários americanos em Havana.

A origem dos "ataques" é investigada há meses, ainda sem resultados.

Durante o discurso, o líder comunista reafirmou que Cuba continua disposta ao "diálogo respeitoso", embora tenha lembrado que o embargo americano continua vigente e "tem se agravado, especialmente na perseguição das transações financeiras do país no exterior".

Castro também criticou duramente as declarações sobre Cuba de membros da Administração do presidente americano, Donald Trump, contrário ao "degelo" bilateral iniciado pelo seu antecessor Barack Obama.