Irã continua cumprindo com suas obrigações no marco do acordo nuclear
(Acrescenta declarações de diplomata).
Viena, 30 ago (EFE).- O Irã continua cumprindo com todas as limitações impostas ao seu programa nuclear estabelecido no acordo de 2015, apesar das novas sanções impostas pelos Estados Unidos, que abandonou o tratado em maio, informou nesta quinta-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Em um relatório trimestral, os inspetores da AIEA confirmam que a produção e o armazenamento de urânio enriquecido e de água pesada, assim como o acesso às instalações nucleares no Irã, se correspondem com o estipulado no acordo, assinado então com seis grandes potências.
Segundo o chamado "plano conjunto de ação" (JCPOA, na sigla em inglês), o Irã está proibido de ter mais de 130 toneladas de água pesada, assim como mais de 300 quilos de urânio enriquecido, com uma pureza sempre inferior a 3,67%.
Além disso, o Irã deve conceder pleno acesso aos inspetores da AIEA, o que continua sendo o caso, quatro meses depois da retirada unilateral dos EUA do JCPOA.
No que se refere a medidas de transparência, a AIEA confirma que continuou colhendo dados mediante mecanismos de acompanhamento à distância e que o Irã está facilitando a estadia dos inspetores internacionais no país e seu trabalho de controle.
O Irã aplica (sem ratificá-lo) o chamado "protocolo adicional" do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que permite inspeções sem aviso prévio em qualquer instalação que os especialistas da AIEA desejem ver.
Nesse sentido, os técnicos da agência nuclear da ONU elogiam explicitamente a cooperação iraniana, que qualificam como "pontual e ativa", que "está facilitando a aplicação do protocolo adicional e melhoraria a confiança".
Em seu último relatório, no dia 24 de maio, a AIEA tinha exigido exatamente uma melhor cooperação do Irã.
Um diplomata conhecedor da pesquisa nuclear no país explicou hoje em Viena que naquele momento a intenção era "mandar uma mensagem ao Irã" e tudo indica agora que "a mensagem chegou".
Os inspetores "querem lembrar ao Irã que não há problemas agora, mas que sempre pode haver", acrescentou a fonte.
Em termos gerais, a agência insiste que o país continua cumprindo todos os aspectos nucleares do acordo assinado em 2015 com Alemanha, China, EUA, França, Reino Unido e Rússia, que impõe limitações por um período de 10 a 25 anos ao seu programa atômico.
"O Irã não enriqueceu urânio acima de 3,67%" de pureza, afirma a AIEA, um nível no qual este combustível atômico só pode ser usado para aplicações civis, e não militares.
Contudo, o Irã aumentou suas reservas de água pesada, de 123,3 toneladas em 14 de maio a 139,4 em 18 de agosto.
A água pesada é produzida na central de Arak, onde o Irã tinha planejado construir um reator com a capacidade de gerar plutônio, um material suscetível de alimentar armas atômicas, mas cujas obras continuam paralisadas.
Com 122,9 toneladas, essa quantidade segue abaixo das 130 que o JCPOA estabelece como limite, embora as reservas tenham subido ligeiramente desde o dia 6 de maio, quando tinham 120,3 toneladas.
Além disso, a AIEA afirma que o governo de Teerã mantém limitado o número de centrífugas ativas, o maquinário usado no enriquecimento de urânio.
Viena, 30 ago (EFE).- O Irã continua cumprindo com todas as limitações impostas ao seu programa nuclear estabelecido no acordo de 2015, apesar das novas sanções impostas pelos Estados Unidos, que abandonou o tratado em maio, informou nesta quinta-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Em um relatório trimestral, os inspetores da AIEA confirmam que a produção e o armazenamento de urânio enriquecido e de água pesada, assim como o acesso às instalações nucleares no Irã, se correspondem com o estipulado no acordo, assinado então com seis grandes potências.
Segundo o chamado "plano conjunto de ação" (JCPOA, na sigla em inglês), o Irã está proibido de ter mais de 130 toneladas de água pesada, assim como mais de 300 quilos de urânio enriquecido, com uma pureza sempre inferior a 3,67%.
Além disso, o Irã deve conceder pleno acesso aos inspetores da AIEA, o que continua sendo o caso, quatro meses depois da retirada unilateral dos EUA do JCPOA.
No que se refere a medidas de transparência, a AIEA confirma que continuou colhendo dados mediante mecanismos de acompanhamento à distância e que o Irã está facilitando a estadia dos inspetores internacionais no país e seu trabalho de controle.
O Irã aplica (sem ratificá-lo) o chamado "protocolo adicional" do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que permite inspeções sem aviso prévio em qualquer instalação que os especialistas da AIEA desejem ver.
Nesse sentido, os técnicos da agência nuclear da ONU elogiam explicitamente a cooperação iraniana, que qualificam como "pontual e ativa", que "está facilitando a aplicação do protocolo adicional e melhoraria a confiança".
Em seu último relatório, no dia 24 de maio, a AIEA tinha exigido exatamente uma melhor cooperação do Irã.
Um diplomata conhecedor da pesquisa nuclear no país explicou hoje em Viena que naquele momento a intenção era "mandar uma mensagem ao Irã" e tudo indica agora que "a mensagem chegou".
Os inspetores "querem lembrar ao Irã que não há problemas agora, mas que sempre pode haver", acrescentou a fonte.
Em termos gerais, a agência insiste que o país continua cumprindo todos os aspectos nucleares do acordo assinado em 2015 com Alemanha, China, EUA, França, Reino Unido e Rússia, que impõe limitações por um período de 10 a 25 anos ao seu programa atômico.
"O Irã não enriqueceu urânio acima de 3,67%" de pureza, afirma a AIEA, um nível no qual este combustível atômico só pode ser usado para aplicações civis, e não militares.
Contudo, o Irã aumentou suas reservas de água pesada, de 123,3 toneladas em 14 de maio a 139,4 em 18 de agosto.
A água pesada é produzida na central de Arak, onde o Irã tinha planejado construir um reator com a capacidade de gerar plutônio, um material suscetível de alimentar armas atômicas, mas cujas obras continuam paralisadas.
Com 122,9 toneladas, essa quantidade segue abaixo das 130 que o JCPOA estabelece como limite, embora as reservas tenham subido ligeiramente desde o dia 6 de maio, quando tinham 120,3 toneladas.
Além disso, a AIEA afirma que o governo de Teerã mantém limitado o número de centrífugas ativas, o maquinário usado no enriquecimento de urânio.
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