Expulsa da Nicarágua, missão da ONU fará acompanhamento remoto da crise
Manágua, 31 ago (EFE).- O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) anunciou nesta sexta-feira que fará um acompanhamento remoto da situação na Nicarágua após a missão enviada ao país ter sido expulsa pelo presidente Daniel Ortega.
"A ACNUDH continuará com o trabalho de monitorar e informar sobre a situação de direitos humanos na Nicarágua de forma remota, em conformidade com o mandato global conferido pela Assembleia Geral da ONU ao Escritório do Alto Comissário", afirmou o órgão em nota.
O governo da Nicarágua decidiu expulsar a missão da ACNUDH ontem, mas a confirmação da decisão só veio hoje após uma denúncia do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh).
A missão da ACNUDH, coordenada pelo peruano Guillermo Fernández Maldonado, chegou à Nicarágua em julho para acompanhar a crise que abala o país e que deixou, segundo relatório divulgado na quarta-feira pela equipe enviada ao país, mais de 300 mortos.
O documento questiona o governo pelo "uso desproporcional" da força por parte da polícia contra opositores e afirma que isso se traduziu em "execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados e obstrução ao acesso à atendimento médico".
Além disso, a Nicarágua foi acusada de promover "prisões arbitrárias ou ilegais com caráter generalizado, frequentes maus tratos, casos de tortura e violência sexual nas prisões, violações às liberdades de reunião pacífica e expressão".
Ortega já tinha criticado o relatório por considerá-lo subjetivo, enviesado e notoriamente parcial. Segundo ele, os integrantes da missão da ONU foram influenciados por setores da oposição e não tiveram objetividade ao escrever o documento.
A ACNUDH disse na nota que continuará prestando apoio às vítimas e aos seus familiares. E reiterou ao governo da Nicarágua a disposição de ajudar as autoridades a cumprir as obrigações internacionais assumidas pelo país em relação aos direitos humanos.
"Seguiremos cooperando de perto com as organizações regionais de direitos humanos e com a comunidade internacional", disse a ACNUDH.
A organização também pediu que o governo da Nicarágua siga as recomendações do relatório que basicamente sugerem a suspensão de todas as violações aos direitos humanos no país.
Os protestos contra o governo começaram em abril. Inicialmente, os manifestantes queriam bloquear uma reforma previdenciária proposta pelo presidente. No entanto, o movimento cresceu e passou a pedir a renúncia de Ortega após a forte repressão policial.
"A ACNUDH continuará com o trabalho de monitorar e informar sobre a situação de direitos humanos na Nicarágua de forma remota, em conformidade com o mandato global conferido pela Assembleia Geral da ONU ao Escritório do Alto Comissário", afirmou o órgão em nota.
O governo da Nicarágua decidiu expulsar a missão da ACNUDH ontem, mas a confirmação da decisão só veio hoje após uma denúncia do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh).
A missão da ACNUDH, coordenada pelo peruano Guillermo Fernández Maldonado, chegou à Nicarágua em julho para acompanhar a crise que abala o país e que deixou, segundo relatório divulgado na quarta-feira pela equipe enviada ao país, mais de 300 mortos.
O documento questiona o governo pelo "uso desproporcional" da força por parte da polícia contra opositores e afirma que isso se traduziu em "execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados e obstrução ao acesso à atendimento médico".
Além disso, a Nicarágua foi acusada de promover "prisões arbitrárias ou ilegais com caráter generalizado, frequentes maus tratos, casos de tortura e violência sexual nas prisões, violações às liberdades de reunião pacífica e expressão".
Ortega já tinha criticado o relatório por considerá-lo subjetivo, enviesado e notoriamente parcial. Segundo ele, os integrantes da missão da ONU foram influenciados por setores da oposição e não tiveram objetividade ao escrever o documento.
A ACNUDH disse na nota que continuará prestando apoio às vítimas e aos seus familiares. E reiterou ao governo da Nicarágua a disposição de ajudar as autoridades a cumprir as obrigações internacionais assumidas pelo país em relação aos direitos humanos.
"Seguiremos cooperando de perto com as organizações regionais de direitos humanos e com a comunidade internacional", disse a ACNUDH.
A organização também pediu que o governo da Nicarágua siga as recomendações do relatório que basicamente sugerem a suspensão de todas as violações aos direitos humanos no país.
Os protestos contra o governo começaram em abril. Inicialmente, os manifestantes queriam bloquear uma reforma previdenciária proposta pelo presidente. No entanto, o movimento cresceu e passou a pedir a renúncia de Ortega após a forte repressão policial.
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