Topo

"Pesos pesados" da Casa Branca defendem Trump perante "resistência" interna

09/09/2018 12h46

Washington, 9 set (EFE).- Alguns dos principais nomes da Casa Branca aproveitaram neste domingo os programas matinais para defender o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, perante a recente publicação de informações que apontam a existência de uma resistência dentro de seu Governo.

"Este presidente é duro e exigente. Quer as coisas feitas para ontem e acredito que essa seja uma das razões pelas quais alcançamos tanto em tão pouco tempo", sustentou o vice-presidente americano, Mike Pence, durante uma entrevista concedida ao programa 'Face the Nation', da emissora "CBS".

O republicano quis resistir assim às dúvidas sobre o profissionalismo do líder surgidas depois que nesta semana foram revelados alguns extratos incluídos no novo livro do veterano jornalista Bob Woodward e uma tribuna anônima assinada por um "alto cargo do Governo" publicada pelo jornal "The New York Times".

Ambos textos apontam à existência de um movimento interno na Casa Branca que trabalha na sombra tentando frear algumas das decisões do líder mediante métodos tão simplistas como esconder documentos oficiais que aguardam sua assinatura.

"Estes fatos não conheço e não sei em quais momentos podem ter ocorrido", afirmou Pence, que após a publicação do artigo anônimo na quarta-feira se apressou a rejeitar ser o autor do mesmo.

Segundo diversos veículos de imprensa, a perspectiva de existir uma resistência na Casa Branca é algo que suscitou as suspeitas de Trump, que teria chegado a considerar submeter alguns assessores a testes de polígrafos e, além disso, pediu publicamente ao Departamento de Justiça que identifique o autor da tribuna.

Durante uma entrevista ao programa 'State of the Union' da emissora "CNN", a conselheira de Trump, Kellyanne Conway, reconheceu não saber se o escritor da coluna tinha violado "a lei", mas considerou que não tinha prestado nenhum serviço ao país.

"Certamente espero que quem tenha sido não acabe recebendo as boas-vindas de um herói, com o tapete vermelho, porque realmente, o que conseguiu atuando desta maneira covarde?", concluiu a assessora.