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Bolsonaro diz que quer "unir o povo" e reduzir ministérios se vencer eleição

07/10/2018 23h21

Rio de Janeiro, 7 out (EFE).- O candidato do PSL e vencedor do primeiro turno das eleições presidenciais deste domingo, Jair Bolsonaro, afirmou que pretende unir o país e reduzir o número de ministérios e empresas estatais caso seja eleito no próximo dia 28, quando enfrentará Fernando Haddad (PT) no segundo turno.

Ao lado de seu guru econômico Paulo Guedes, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo pelo Facebook e comemorou o resultado do pleito de hoje, no qual conseguiu mais de 46% dos votos, contra 29% do concorrente petista.

"Temos tudo para sermos uma grande nação. Temos que unir o nosso povo, unir os cacos que nos fez o governo da esquerda no passado", afirmou.

"Vamos unir o nosso povo. Unidos, seremos, sim, uma grande nação. Ninguém tem o potencial que nós temos", acrescentou.

Bolsonaro ressaltou que quer cortar o total de estatais, sem dizer nenhuma cotada para deixar a administração pública. Além disso, comentou que pretende enxugar o número de ministérios.

"Nós diminuiremos o tamanho do Estado. Teremos no máximo 15 ministérios. De aproximadamente 150 estatais, no primeiro ano, no mínimo 50. Ou nós privatizamos ou extinguimos", declarou.

O candidato do PSL lembrou ainda que sua campanha teve que enfrentar partidos muito maiores e lidar com o atentado que ele sofreu em Juiz de Fora, quando foi esfaqueado durante um ato.

"Não tínhamos uma grande estrutura. Somos um partido muito pequeno e fiquei internado por 30 dias", disse.

Bolsonaro frisou que pretende buscar votos no Nordeste, onde perdeu para Haddad no primeiro turno.

"O que eu quero para o Nordeste, através de seu povo humilde, conservador e trabalhador, é que fique livre da coação que sempre foi feita pelo PT. Eles fazem um verdadeiro terrorismo lá", alegou.

O candidato reiterou que, neste processo eleitoral, os brasileiros deverão escolher entre dois caminhos, o "da prosperidade, da liberdade, da família, dos que estão com Deus, e o outro é o caminho da Venezuela".

Sem citar a Haddad pelo nome, Bolsonaro também disse que "todos sabem com quem o outro candidato se aconselha e onde", em relação às visitas que o petista faz a Lula na prisão em Curitiba, onde cumpre pena por corrupção.

"Não queremos outra vez este tipo de gente, que é o que há de pior na política (..) nós não podemos dar mais um passo a esquerda. O caminho agora é pelo centro à direita", destacou.

Após denúncias já contestadas pela Justiça Eleitoral de fraudes em urnas eletrônicas, Bolsonaro levantou a questão em seu pronunciamento.

"Não foram poucos problemas. Se tivéssemos confiança no voto eletrônico, já teríamos o nome do futuro presidente", concluiu.