Violência marca novo protesto dos "coletes amarelos" na França
Paris, 1 dez (EFE).- O terceiro sábado de protestos na França contra o reajuste de impostos sobre combustíveis e o alto custo de vida no país, movimento conhecido como "coletes amarelos", transformou Paris em um palco de guerra, com diversos confrontos entre manifestantes e policiais no centro da cidade.
Apesar das estimativas oficiais apontarem que 75 mil pessoas foram às ruas de várias cidades francesas hoje, uma participação menor do que nos atos das duas últimas semanas, o número de presos (224) e de feridos (80, entre eles 14 policiais) dão o tom da radicalização do movimento.
A Champs Elyseè, uma das avenidas mais famosas do mundo, foi cercada pela polícia de Paris desde o início da manhã. Os manifestantes foram revistados para evitar a entrada de objetos que pudessem ser usados como armas contra os agentes que integravam o forte esquema de segurança montado na região.
No entanto, enquanto 200 "coletes amarelos" manifestavam dentro da área delimitada de forma pacífica, do lado de fora milhares de pessoas tentavam romper à força os acessos, atacando os policiais com vários objetos e coquetéis molotov. Os agentes responderam com canhões de água e bombas de gás lacrimogêneo.
"Desde cedo, pessoas decididas a provocar as forças de segurança se reuniram no exterior do perímetro estabelecido. Mostraram grande violência em ataques que a própria polícia classificou como inédita", afirmou o primeiro-ministro da França, Édouard Phillipe, que estava surpreso com o ataque ao Arco do Triunfo.
O monumento, um dos mais conhecidos da capital francesa, foi pichado. Além disso, os "coletes amarelos" invadiram o terraço do ponto turístico e seguiram protestando contra o governo.
As cenas de violência também foram registradas nas avenidas próximas à Champs Elyseè, onde ficam as residências de embaixadores e diplomatas. Ao longo da famosa região parisiense, era possível encontrar diversos carros incendiados e lojas destruídas.
As manifestações em outras cidades do país, como Marselha, Lille e Caen, se desenvolveram sem problemas significativos.
"Estamos na complexa situação de garantir a segurança dos cidadãos quando não conseguimos nem proteger nossos agentes", disse a porta-voz da Polícia de Paris, Johanna Primevert, constatando o tamanho do problema apesar dos 4 mil agentes nas ruas.
A divisão dentro do movimento dos "coletes amarelos" está cada vez mais clara. Em poucos dias, o número de líderes do movimento surgiu de oito para 32. Parte deles criticou a violência, mas outros diziam compreender a revolta dos manifestantes.
Os anúncios do presidente do país, Emmanuel Macron, nesta semana e as reuniões de dois porta-vozes do movimento com o ministro da Transição Ecológica, François de Rugy, não foram suficientes para acalmar os ânimos dos manifestantes, que pedem uma redução da carga tributária ou um aumento do salário mínimo do país.
"Isso é o que acontece quando o povo passa fome", disse perto de uma das barricadas montadas pela polícia um dos manifestantes.
O líder esquerdista Jean-Luc Mélenchon disse à imprensa que a violência do movimento é residual. Já Nicolas Dupont-Aignan, um dos líderes da extrema direita, afirmou que os confrontos foram promovidos por grupos infiltrados no movimento.
A presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, exigiu que Macron se reúna com todos as lideranças da oposição assim que retornar da cúpula do G20, na Argentina, para dar explicações sobre o agravamento da situação.
Apesar das estimativas oficiais apontarem que 75 mil pessoas foram às ruas de várias cidades francesas hoje, uma participação menor do que nos atos das duas últimas semanas, o número de presos (224) e de feridos (80, entre eles 14 policiais) dão o tom da radicalização do movimento.
A Champs Elyseè, uma das avenidas mais famosas do mundo, foi cercada pela polícia de Paris desde o início da manhã. Os manifestantes foram revistados para evitar a entrada de objetos que pudessem ser usados como armas contra os agentes que integravam o forte esquema de segurança montado na região.
No entanto, enquanto 200 "coletes amarelos" manifestavam dentro da área delimitada de forma pacífica, do lado de fora milhares de pessoas tentavam romper à força os acessos, atacando os policiais com vários objetos e coquetéis molotov. Os agentes responderam com canhões de água e bombas de gás lacrimogêneo.
"Desde cedo, pessoas decididas a provocar as forças de segurança se reuniram no exterior do perímetro estabelecido. Mostraram grande violência em ataques que a própria polícia classificou como inédita", afirmou o primeiro-ministro da França, Édouard Phillipe, que estava surpreso com o ataque ao Arco do Triunfo.
O monumento, um dos mais conhecidos da capital francesa, foi pichado. Além disso, os "coletes amarelos" invadiram o terraço do ponto turístico e seguiram protestando contra o governo.
As cenas de violência também foram registradas nas avenidas próximas à Champs Elyseè, onde ficam as residências de embaixadores e diplomatas. Ao longo da famosa região parisiense, era possível encontrar diversos carros incendiados e lojas destruídas.
As manifestações em outras cidades do país, como Marselha, Lille e Caen, se desenvolveram sem problemas significativos.
"Estamos na complexa situação de garantir a segurança dos cidadãos quando não conseguimos nem proteger nossos agentes", disse a porta-voz da Polícia de Paris, Johanna Primevert, constatando o tamanho do problema apesar dos 4 mil agentes nas ruas.
A divisão dentro do movimento dos "coletes amarelos" está cada vez mais clara. Em poucos dias, o número de líderes do movimento surgiu de oito para 32. Parte deles criticou a violência, mas outros diziam compreender a revolta dos manifestantes.
Os anúncios do presidente do país, Emmanuel Macron, nesta semana e as reuniões de dois porta-vozes do movimento com o ministro da Transição Ecológica, François de Rugy, não foram suficientes para acalmar os ânimos dos manifestantes, que pedem uma redução da carga tributária ou um aumento do salário mínimo do país.
"Isso é o que acontece quando o povo passa fome", disse perto de uma das barricadas montadas pela polícia um dos manifestantes.
O líder esquerdista Jean-Luc Mélenchon disse à imprensa que a violência do movimento é residual. Já Nicolas Dupont-Aignan, um dos líderes da extrema direita, afirmou que os confrontos foram promovidos por grupos infiltrados no movimento.
A presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, exigiu que Macron se reúna com todos as lideranças da oposição assim que retornar da cúpula do G20, na Argentina, para dar explicações sobre o agravamento da situação.
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