Mulher de ativista taiuanês detido culpa Pequim de tratamento desumano
Taipei, 25 dez (EFE).- A esposa do ativista taiuanês Lee Ming-che, detido e condenado na China por "subversão contra o poder do Estado", denunciou que seu marido é obrigado a trabalhar dez horas por dia, lhe dão alimentos em mal estado e não lhe dão um casaco para o frio.
Lee Ching-yu, mulher do ativista, disse que seu marido tinha perdido muito peso e que sua saúde estava em perigo, durante uma entrevista coletiva realizada no final desta segunda-feira em Taipei, após visitar seu marido no dia 18 de dezembro na prisão de Chishan, na província chinesa de Hunan, no centro-leste do país.
"Lee Ming-che sofreu uma perda de peso muito severo e está irritado com o tratamento recebido na prisão", disse Lee Ching-yu, citada pela agência taiuanesa de notícias "CNA".
O lugar onde Lee está preso fica em uma região fria, com temperaturas de cinco graus em média e onde se espera neve esta semana, por isso que sua mulher teme pela sua saúde.
Desde que o ativista foi levado da prisão, durante dez dias, e devolvido depois à de Chishan, não lhe deram casacos e congelaram sua conta corrente, por isso que não pode comprar roupa de inverno, disse sua esposa.
Lee Ming-che, de 43 anos, foi declarado culpado de "subversão do poder estatal" por criticar o Governo e sistema político da China em grupos de debate na internet, e condenado em novembro de 2017 a cinco anos de prisão. EFE
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