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Emirados Árabes anunciam reabertura de embaixada em Damasco

27/12/2018 11h56

Cairo, 27 dez (EFE).- O Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos (EAU) anunciou nesta quinta-feira a reabertura de sua embaixada na Síria, que estava fechada desde 2011, quando começou o conflito no país, e se tornou o primeiro país árabe a fazê-lo.

A reabertura da embaixada é uma medida que tem como objetivo restabelecer as relações diplomáticas entre "dois países irmãos", segundo um comunicado oficial do ministério dos EAU.

"Este passo reafirma a disposição do governo dos EAU para restabelecer as relações diplomáticas entre os dois países em seu curso normal, para fortalecer e ativar o papel árabe no apoio da independência, da soberania e da integridade da República Árabe da Síria e na prevenção das ingerências regionais nos assuntos árabes sírios", expressou o ministério emiratense na nota.

Após a reabertura da embaixada, o encarregado de negócios dos Emirados em Damasco começará imediatamente as suas funções, acrescentou o ministério no texto.

Emirados é o primeiro país árabe que anuncia a reabertura de sua embaixada em Damasco, depois que a maioria dos países da região fecharam suas respectivas missões diplomáticas em Damasco nos meses posteriores ao início do conflito, em 2011.

A reabertura da embaixada dos Emirados acontece depois de outros movimentos de aproximação diplomática realizados por outros países árabes, como o Sudão, e da Liga Árabe, organização da qual a Síria está suspensa desde novembro de 2011.

O presidente do Sudão, Omar al Bashir, visitou Damasco em 15 de dezembro e se reuniu com Bashar al Assad em uma visita não anunciada, a primeira de um líder árabe ao país em guerra.

A Liga Árabe estudará a possibilidade de readmitir a Síria na próxima cúpula da organização, que acontecerá em 20 de janeiro em Beirute.

"Queremos a volta da Síria à Liga Árabe. A ausência da Síria causou prejuízo à questão palestina", disse à Agência Efe na semana passada o embaixador permanente do Sudão na organização pan-arabista, Abdelmahmod Abdelhalim. EFE