Trump reitera que cortará ajuda econômica a El Salvador, Guatemala e Honduras
Washington, 28 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta sexta-feira que cortará toda a ajuda econômica que o governo americano repassa anualmente a Guatemala, Honduras e El Salvador, uma represália pela chegada de caravanas de imigrantes a fronteira do país com o México.
"Honduras, Guatemala e El Salvador não estão fazendo nada pelos EUA, mas estão levando nosso dinheiro. Dizem que uma nova caravana está sendo formada em Honduras e eles não estão fazendo nada. Cortaremos toda a ajuda aos três países, eles têm se aproveitado dos EUA durante anos", escreveu Trump no Twitter.
O presidente americano já tinha feito uma ameaça similar em outubro, quando afirmou que cortaria "substancialmente" os repasses financeiros ao Triângulo Norte da América Central. No entanto, a promessa acabou não sendo cumprida por ele.
Segundo os últimos dados oficiais divulgados pelo Departamento de Estado, no ano fiscal de 2018 (que vai de outubro de 2017 a setembro deste ano), os EUA repassaram US$ 84 milhões à Guatemala, US$ 58 milhões a Honduras e US$ 51 milhões a El Salvador.
Parte desses recursos foi investida nos três países através da Agência Americana para o Desenvolvimento (Usaid). Além do órgão, o Pentágono também contribuiu com US$ 42 milhões para a luta contra o tráfico de drogas em toda a América Central.
O Congresso ainda não aprovou o orçamento proposto pela Casa Branca para o ano fiscal de 2019, mas o projeto contempla o envio de US$ 69 milhões para Guatemala, US$ 66 milhões para Honduras e outros US$ 46 milhões para El Salvador.
Os valores são 29% menores do que os repasses feitos no atual ano fiscal pelo governo americano, mas quem tem a decisão final sobre a destinação do dinheiro é o Congresso. Trump não tem o poder para impedir que as verbas sejam enviadas aos três países caso os congressistas incluam essa previsão no orçamento.
A imigração de pessoas dos três países para os EUA aumentou nos últimos anos. Desde outubro, 9 mil centro-americanos, vindos principalmente de Guatemala, El Salvador e Honduras, entraram no México em várias caravanas que tinham como destino final o território americano. EFE
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