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México cria área livre na fronteira para gerar investimento e empregos

29/12/2018 17h38

Monterrey (México), 29 dez (EFE).- O governo do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, decretou neste sábado a criação de uma zona livre na faixa fronteiriça com os Estados Unidos como parte do seu projeto para impulsionar o investimento, a geração de empregos e reduzir a migração.

"É um projeto muito importante para impulsionar o investimento e a criação de empregos e aproveitar a força econômica dos estados da União Americana (os EUA)", disse López Obrador ao visitar a cidade de Monterrey, no estado de Nuevo León.

Ao assinar o Decreto de Estímulos Fiscais da Região Fronteiriça Norte, López Obrador afirmou que esta área livre começará a funcionar a partir de 1º de janeiro em uma faixa de 25 quilômetros ao longo dos 3.180 quilômetros de fronteira com os EUA.

Para esta faixa fronteiriça, o governo reduziu o Imposto de Renda de 30% para 20%; o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) de 16% para 8%; aumentou em 100% o salário mínimo, para 176 pesos mexicanos (US$ 8,80), e igualou o preço dos combustíveis com os EUA.

"Vai a ser a maior área livre do mundo", afirmou López Obrador ao expressar sua confiança quanto a implementação deste projeto fronteiriço reduzir a migração.

O presidente mexicano explicou que o plano é "criar cortinas de desenvolvimento" de norte a sul para reter os mexicanos em seus locais de origem e que não tenham a necessidade de emigrar.

Antes da assinatura do decreto, a secretária de Economia, Graciela Márquez Colín, expressou as linhas gerais do programa econômico que será implementado na presidência de López Obrador e que parte de um diagnóstico de crescimento econômico de longo prazo.A partir dos anos 80, a economia mexicana mudou sua trajetória e entrou em processo de crescimento muito baixo para seus níveis de população, para suas necessidades e para sua dívida social, apontou Graciela.

"Os frutos desse crescimento se concentraram em alguns setores sociais, em algumas regiões e em alguns ramos da economia", indicou a secretária ao expressar que agora o governo pretende reativar o crescimento com um enfoque que permita resolver as desigualdades.

"Houve setores que ficaram à margem do crescimento", acrescentou Graciela, ao apontar que há entidades como a Cidade do México que têm um Produto Interno Bruto (PIB) cinco vezes maior que estados como Oaxaca e Guerrero. EFE