Governo vai exonerar funcionários com ideias "comunistas"
Brasília, 3 jan (EFE).- O governo Jair Bolsonaro fará uma revisão de toda a estrutura da administração pública e exonerará os funcionários que defendam ideias "comunistas", informou nesta quinta-feira o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
A decisão foi anunciada na primeira reunião de Bolsonaro com os 22 ministros, que teve duração de três horas. Segundo Lorenzoni, a ideia se apoia no fato de que, nas eleições de outubro, "a sociedade disse basta às ideias socialistas e comunistas que nos últimos 30 anos nos levaram ao caos atual".
Segundo Lorenzoni, que anunciou hoje a exoneração de mais de 300 servidores comissionados ligados a sua pasta, "não faz sentido ter funcionários de orientações ideológicas antagônicas".
O ministro explicou que esse assunto foi tratado na reunião que Bolsonaro teve com os ministros e que será aplicado em todos os setores da administração pública.
Lorenzoni apontou que os "critérios" para decidir a situação dos funcionários também serão "técnicos" e que serão levados em conta na hora de definir se os cargos serão assumidos novamente ou se serão extintos.
Na reunião, a primeira que o militar da reserva do Exército e ex-deputado federal realizou com todos os ministros, também ficou decidido que cada pasta fará um inventário dos imóveis de sua propriedade, a fim de iniciar a venda daqueles que não são necessários.
"Queremos racionalizar e permitir a venda destes imóveis. As primeiras informações são gigantescas, a União teria cerca de 700 mil imóveis", declarou o ministro.
Lorenzoni acrescentou que o novo governo já identificou que há ministérios que, apesar de contarem com prédios próprios, "alugam outros espaços, o que não tem nenhum sentido" e inflaciona o gasto público, que Bolsonaro está decidido a reduzir.
O novo ministro reiterou que todas essas decisões serão tomadas com critérios "absolutamente técnicos", que foram os que Bolsonaro ofereceu aos brasileiros em sua campanha eleitoral.
"Como diz o capitão, estamos para aqui servir à sociedade, e não às ideologias", afirmou. EFE
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