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Guaidó dá as "boas-vindas" a adido militar que declarou apoio a novo governo

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, deputado opositor Juan Guaidó - FEDERICO PARRA/AFP
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, deputado opositor Juan Guaidó Imagem: FEDERICO PARRA/AFP

Em Caracas

26/01/2019 23h30

O presidente do Parlamento e autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, deu neste sábado (26) "as boas-vindas" ao coronel José Luis Silva, até agora adido militar do país nos Estados Unidos e que hoje declarou seu não reconhecimento ao governo de Nicolás Maduro.

"Damos as boas-vindas a ele e a todos os que com honestidade queiram se apegar à CRBV (Constituição) e à vontade do povo venezuelano", escreveu Guaidó em mensagem no Twitter.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais e cuja autenticidade não pôde ser comprovada pela Agência Efe, Silva expressa seu "apego ao roteiro do presidente encarregado Juan Guaidó".

A Casa Branca elogiou a decisão do coronel Silva em mensagem divulgada no Twitter pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Garrett Marquis.

Em uma segunda mensagem, Guaidó afirmou que "como instituição legítima e responsável", o Parlamento trabalha para "verificar todas as informações" de outros pronunciamentos que seriam feitos nas próximas horas.

Na segunda-feira, 48 horas antes de Guaidó tomar posse amparado na Constituição venezuelana, um grupo de militares se rebelou contra o Governo de Maduro em um comando situado no bairro de Cotiza.

Os rebeldes divulgaram vídeos nos quais pediam que as pessoas não reconhecessem o Governo de Maduro e convidavam os cidadãos a respaldar estas ações.

Por este fato, até o momento foram detidos 27 envolvidos e, segundo o líder da chavista Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Diosdado Cabello, o número pode aumentar.

O Parlamento decretou uma Lei de Anistia para funcionários civis e militares que "colaborem na restituição da ordem constitucional" do país, em referência à suposta usurpação da Presidência.

Guaidó pediu aos funcionários de segurança "um voto de confiança", assegurando que a anistia e as garantias serão para todos os que "querem ser protegidos pelo império da lei", e que ninguém pretende "torcer braços", mas "estreitar mãos".

A oposição convocou os cidadãos a distribuir neste domingo a lei "por todas as unidades e todos os quartéis militares" da Venezuela.