EUA aceitam novo representante diplomático da Venezuela proposto por Guaidó
Washington, 27 jan (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou neste domingo que aceitou Carlos Vecchio como encarregado de negócios da Venezuela em Washington, depois que esse membro da oposição foi designado para o cargo por Juan Guaidó, autoproclamado governante interino do país.
"Em 25 de janeiro, os Estados Unidos aceitaram a designação, feita pelo presidente interino Juan Guaidó, de Carlos Alfredo Vecchio como encarregado de negócios do Governo da Venezuela no país", disse Pompeo em comunicado.
"O senhor Vecchio terá autoridade sobre os assuntos diplomáticos nos Estados Unidos por parte da Venezuela", acrescentou o titular de Relações Exteriores americano.
Vecchio, coordenador político do partido Vontade Popular (VP), o mesmo de Guaidó, está há mais de quatro anos exilado porque contra si pesava uma ordem de detenção relacionada com os protestos de 2014 na Venezuela, que derivaram em fatos violentos.
A confirmação como chefe da missão diplomática de Guaidó, a quem a Casa Branca reconhece como presidente legítimo da Venezuela, aponta à formação de uma embaixada paralela nos EUA, depois que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, rompeu as relações diplomáticas com Washington.
Maduro ordenou o regresso a Caracas dos funcionários destacado nos consulados nos EUA, mas o agregado de Defesa venezuelano em Washington, o coronel José Luis Silva Silva, anunciou sua ruptura com o chavismo e seu apoio a Guaidó.
Silva disse em entrevista à Efe que ele ainda se considera "o agregado de Defesa da Venezuela" e que responderá às ordens de Guaidó, e Vecchio garantiu depois no Twitter que tinha falado com o coronel para dizer "que pode continuar na missão" venezuelana em Washington, em sua equipe.
Vecchio, um dos dirigentes mais experientes e representativos de Vontade Popular, revelou no Twitter que tinha se reunido em Washington com o recém-nomeado enviado especial para a Venezuela, Elliott Abrams.
Nessa reunião participaram, além disso, os ex-prefeitos venezuelanos Antonio Ledezma e David Smolansky, o "representante especial" de Guaidó diante da Organização de Estados Americanos (OEA), Gustavo Tarre Briceño, e o militante do VP Francisco Márquez, segundo uma fotografia publicada pelo primeiro deles no Twitter.
Também estava presente a secretária de Estado adjunta dos EUA para América Latina, Kimberly Breier, e falaram sobre a "consolidação do governo" de Guaidó, a "urgência humanitária, sanções a responsáveis de tragédia" e "criar fundos com recursos recuperados (da) corrupção", em palavras de Ledezma.
Depois de entregar suas cartas credenciais, Vecchio também se reuniu com o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, David Hale, que "reafirmou o grande apoio dos EUA à liderança na Venezuela do presidente interino Guaidó", segundo indicou Pompeo em comunicado.
" Os Estados Unidos trabalharão com Vecchio e com o resto do pessoal diplomático designado pelo presidente interino Guaidó", acrescentou Pompeo. EFE
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