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EUA perderam US$ 11 bilhões durante paralisação parcial do governo

28/01/2019 15h00

Washington, 28 jan (EFE).- A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos representou uma perda de US$ 11 bilhões (cerca de R$ 41 bilhões) para a economia do país, indicou nesta segunda-feira um relatório divulgado pelo Escritório de Orçamento do Congresso (CBO).

O documento do CBO, órgão não partidário do Congresso, aponta que, do total, US$ 3 bilhões (R$ 11 bilhões) não são recuperáveis e foram definitivamente perdidos durante a paralisação, que começou no dia 22 de dezembro e terminou na última sexta-feira.

"Embora a maior parte do Produto Interno Bruto (PIB) real perdida durante o quarto trimestre de 2019 e o primeiro de 2019 possa ser recuperada, estimamos que US$ 3 bilhões não serão", afirmou o diretor do CBO, Keith Hall, em comunicado.

O efeito acumulado da paralisação nas projeções de crescimento da economia americana para 2019 é de uma queda de 0,02 pontos percentuais. Desta forma, o órgão calcula que o avanço do PIB dos EUA neste ano será de 2,3%.

"O fechamento freou a atividade econômica principalmente pela perda da contribuição dos trabalhadores federais no PIB, o atraso dos pagamentos federais nos bens e serviços e a redução da demanda agregada, que, por sua vez, desacelerou a atividade do setor privado", indicou o documento do escritório do Congresso.

Centenas de milhares de servidores federais que ficaram sem receber devido a paralisação parcial do governo voltaram hoje ao trabalho. No entanto, o acordo que encerrou o chamado "shutdown" é temporário. Casa Branca e Congresso terão três semanas para negociar e evitar um novo fechamento.

Em entrevista concedida ontem ao "The Wall Street Journal", o presidente dos EUA, Donald Trump, mostrou pouco otimismo sobre um acordo com os democratas. "Pessoalmente, acredito que (a chance) é menor que 50%", disse.

O impasse entre o presidente e os democratas segue sendo a destinação de recursos para a construção do muro na fronteira com o México. Trump pede US$ 5,7 bilhões para a obra, algo que a oposição, com maioria na Câmara dos Representantes, se recusa a topar. EFE