Canadá reduz funcionários em Cuba após novo incidente como lesões cerebrais
Toronto, 30 jan (EFE).- O governo do Canadá decidiu nesta quarta-feira reduzir sua presença diplomática em Cuba após confirmar que mais um funcionário de sua embaixada em Havana sofreu lesões cerebrais parecidas com as que afetam dezenas de diplomatas americanos e canadenses.
Representantes do governo do Canadá informaram que o número de funcionários da embaixada na capital cubana será diminuído de 16 para oito e que após este novo incidente 14 canadenses foram afetados pelo misterioso problema de saúde.
O novo caso foi detectado inicialmente em 29 de dezembro do ano passado, mas os resultados de exames laboratoriais que confirmaram que o funcionário sofre do mesmo problema só foram disponibilizados agora. Ele foi designado para a missão diplomática canadense em Havana há menos de 1 ano.
Durante uma conferência telefônica, os representantes do governo canadense disseram à Agência Efe que as autoridades cubanas estão "tão frustradas" com a situação quanto as canadenses.
"Os funcionários cubanos estão tão frustrados como nós por não conseguirem determinar a causa", afirmou à Efe um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Canadá.
O próprio funcionário acrescentou que o Canadá está "muito satisfeito" com o nível de cooperação com as autoridades cubanas.
"Temos uma relação muito positiva com Cuba", afirmou.
Outro representante canadense também disse à Efe que a Polícia Montada e a Polícia Nacional de Cuba estão realizando "uma investigação conjunta" da situação "sob os protocolos de cooperação policial internacional".
"Também estivemos em constante contato com o governo cubano em termo de discussões sobre a situação de nosso pessoal lá e possíveis respostas", acrescentou.
O misterioso problema de saúde está identificado com sintomas de lesões cerebrais, como enjoos, dores de cabeça e falta de capacidade de concentração.
Estes sintomas foram detectados desde 2017 em dezenas de diplomatas e familiares de Estados Unidos e Canadá que trabalhavam em Havana.
Em abril de 2018, após meses de investigações que não levaram a nenhum resultado sobre o motivo das lesões, o Canadá anunciou a retirada de todos os familiares de diplomatas canadenses que trabalham em Cuba.
O Canadá disse que a causa das lesões "continua sendo desconhecida, mas pode ser de origem humana", e que os resultados das investigações realizadas por médicos canadenses e americanos indicam que as pessoas afetadas sofrem "um novo tipo de uma possível lesão cerebral adquirida".
As autoridades americanas, que descobriram o misterioso problema, inicialmente apontaram que os diplomatas pareciam ter sofrido algum tipo de ataque sônico, e responsabilizaram as autoridades cubanas pelo bem-estar de seus cidadãos.
Os EUA também decidiram reduzir o número de funcionários de sua embaixada na capital cubana.
Cuba, por sua vez, negou qualquer ligação com as lesões sofridas pelos americanos e canadenses. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.